Processo de modernização da Conab prevê desimobilização de 27 unidades da rede armazenadora

A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) iniciou o processo de desimobilização da rede armazenadora, uma das estratégias previstas no plano de modernização da empresa. A ação é resultado de um estudo elaborado no ano passado, que envolveu tanto a área de armazenagem quanto gestores e todas as superintendências regionais do órgão, que participaram da avaliação cujo diagnóstico resultou em um ranking das unidades que serão desvinculadas.

O plano de desimobilização, que foi aprovado pela Diretoria Executiva e pelo Conselho de Administração da Conab, prevê uma menor atuação do governo nos locais onde o setor privado tem maior presença no mercado. Com isso, 27 Unidades Armazenadoras (UAs) devem ser desligadas da rede. Do total, 13 estão na região Centro-Oeste, sendo Goiás e Mato Grosso do Sul os estados que terão a maior quantidade fechada, com 5 e 6 unidades, respectivamente. Nas outras regiões serão 5 unidades do Sudeste, 4 do Norte, 3 do Nordeste e 2 do Sul.

Para chegar a esses índices, as UAs foram divididas de acordo com sua função social ou de suprimento, a partir de critérios diferenciados. Nas unidades com função voltada para apoio ao produtor, foram utilizados parâmetros como o tipo de produto armazenado, taxa média de ocupação do armazém, volume de produção da região que a unidade atende, entre outras. Já para as de abastecimento, além dos critérios econômicos, foram consideradas também as questões sociais que tiveram maior peso na avaliação.

“A medida não afetará a execução das políticas de abastecimento e de apoio ao produtor que continuarão a ser operadas nos locais onde hoje atuam”, afirma o presidente da Conab, Newton Araújo Silva Júnior. “Nosso objetivo é intensificar a atividade da empresa onde ela é necessária, de modo a garantir uma gestão mais eficiente dos gastos públicos”.

De acordo com o presidente, o processo será feito em etapas, mas a previsão é que sejam desvinculadas primeiramente as unidades que estão atualmente cedidas à Conab, que serão devolvidas ao patrimônio de suas instituições de origem. Ao final, a desimobilização deve reduzir os gastos da Companhia em pelo menos R$ 6,2 milhões ao ano, somente com custos operacionais. Os empregados lotados nessas unidades serão realocados em outras áreas operativas da estatal.

Fonte Conab