Produtores conhecem a realidade da produção de leite da Nova Zelândia

Ao nascer, a vaca leiteira traz nos genes a garantia de que produzirá em alta qualidade. Para facilitar o manejo, uma só pessoa é capaz de ordenhar até 400 animais por hora. Do leite produzido, 95% é processado para exportação, com preço atraente. É esse o retrato que se faz da Nova Zelândia quando o tema é a produção láctea. A qualidade e a eficiência desta produção foram temas do workshop ‘O Aumento da Produtividade na Pecuária: a experiência da Nova Zelândia na Qualidade do Leite’, realizado nesta terça-feira (15), no auditório da Federação da Agricultura e Pecuária de Goiás (Faeg), em Goiânia (GO).

Ao unir genética, tecnologia e planejamento, o país criou um sistema eficiente, que permite gastar pouco e lucrar muito. E a fórmula do sucesso não é secreta. No país de 4,5 milhões de habitantes, o agronegócio é a espinha dorsal da economia. No caso do leite, o sistema produtivo tem o cooperativismo como raiz. Com pecuária baseada em pastagem e propriedades de pequeno e médio portes, o lema é transformar alimento em lucro. “O primeiro passo foi padronizar e ordenar a produção. Lá, nossos animais pastam o ano inteiro, graças ao planejamento de intensidade de lotação e rotação – associado a programas de renovação de pastagens. Os produtores são constantemente capacitados em gestão técnica (para produzir mais) e estratégica (para aproveitar oportunidades de mercado)”, destacou a embaixadora da Nova Zelândia no Brasil, Caroline Bilkey.

Caroline frisou em seu discurso, a necessidade de trazer este modelo de sucesso para o Brasil, além de fortalecer a parceria entre os dois países. “Nesta relação bilateral, a agricultura desempenha um papel fundamental, uma vez que está é uma área em que Brasil e Nova Zelândia são dois líderes mundiais. Trabalhamos com o objetivo de ajudar a agropecuária brasileira a produzir ainda mais e melhor, apoiando vários projetos que visam melhorar a produtividade do setor leiteiro brasileiro”, disse. jose mario fala

José Mário falou das parcerias entre os dois países

Em 2014, o Sistema Faeg Senar firmou um convenio com a embaixada da Nova Zelândia para beneficiar produtores de leite assistidos pelo programa Balde Cheio – hoje Senar Mais -, com a entrega de 220 quadros de controle de produção para facilitar o acompanhamento contínuo da rentabilidade da propriedade.

Resultados 

“Estou certo de que apresentar a qualidade da produção de leite da Nova Zelândia aos nossos produtores, conseguiremos avançar em produtividade e acima de tudo na rentabilidade. Em Goiás, a cadeia produtiva do leite é a mais importante do ponto de vista econômico e social”, declarou o presidente do Sistema Faeg Senar, José Mário Schreiner, em seu discurso.

No estado, são 65 mil produtores de leite, gerando 220 mil empregos diretos e indiretos. “Se não conseguirmos aferir renda a esses produtores, sem dúvida nenhuma, eles sairão da atividade. O trabalho é árduo! Que possamos continuar colhendo frutos em parceria com a Nova Zelândia, em prol da cadeia leiteira de Goiás”, ressaltou José Mário.

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No final do evento, o publicou contou com a palestra do consultor do Senar Goiás, Carlos Eduardo CarvalhoSobre o evento

O evento buscou apresentar as novidades usadas pelos produtores de leite na Nova Zelândia, além de permitir uma troca de experiência por meio de palestras e apresentação de tecnologias usadas no País – líder na produção de leite. O workshop foi organizado pela Faeg, pelo Serviço Nacional de Aprendizagem Rural em Goiás (Senar Goiás) em parceria com a Embaixada da Nova Zelândia no Brasil.

No final do evento, o publicou contou com a palestra do consultor do Senar Goiás, Carlos Eduardo Carvalho, que falou sobre a assistência técnica e gerencial na cadeia leiteira.

Texto: Assessoria de Comunicação do Sistema Faeg Senar 

Fotos: Larissa Melo e Fredox Carvalho