Quebra de safra é discutida com ministro da Agricultura em posse da Aprosoja Brasil

O presidente da Associação dos Produtores de Soja e Milho de Goiás (Aprosoja-GO), Bartolomeu Braz Pereira, é o novo vice-presidente da Aprosoja Brasil. A entidade empossou nesta quinta-feira (19), em Brasília, a diretoria para o biênio 2016-18, que passa a ser presidida por Marcos da Rosa, produtor no Mato Grosso. Produtores em Rio Verde, Adriano Barzotto e Aredison Andrade assumiram, respectivamente, a Vice-presidência Regional e o Conselho Fiscal.

“Acredito que a Aprosoja-GO se fortalece mais com essa oportunidade de destaque na Aprosoja Brasil. Essa é uma diretoria onde a unidade vai falar e os anseios dos produtores serão atendidos”, ressaltou Bartolomeu. Na oportunidade, o dirigente entregou ao ministro da Agricultura, Blairo Maggi, uma série de ofícios em nome da Aprosoja-GO e da Federação da Agricultura e Pecuária de Goiás (Faeg) sobre a quebra de safra no Norte goiano (soja e milho) e do milho safrinha em todo o Estado – ao menos 3 milhões de toneladas do cereal deixarão de ser colhidas por causa da estiagem.

O ministro comentou as dificuldades geradas pela queda de produção da soja e do milho devido aos problemas climáticos (excesso ou falta de chuva) Brasil afora. “Antevejo problemas pela frente no curto prazo, pois são diversos produtores que tiveram prejuízos e estão endividados. Não será uma tarefa fácil, mas não é impossível de resolver”, garantiu Blairo.

Tributação de grãos

Em seu discurso, o presidente Marcos da Rosa afirmou que a associação nacional repudia os governos estaduais que estão buscando taxar a produção de grãos. Para exemplificar, ele citou o decreto nº 8.548/16, do governo de Goiás, que determina cotas para a exportação de soja e taxa os embarques que excedem o limite imposto pela Secretaria da Fazenda – após pressão do setor, esse decreto foi suspenso, porém as incertezas quanto à sua efetiva revogação estão provocando instabilidade no mercado e reduzindo os preços da soja.

Marcos também lembrou o caso do Mato Grosso do Sul, onde existe um sistema de paridade, em que, para cada tonelada de soja exportada, outra tonelada deve ser destinada ao mercado interno. E agora, alguns parlamentares do Mato Grosso também querem impor tributação de grãos aos produtores locais. “Não aguentamos mais impostos nem aumento dos custos de produção. Estamos no limite”, ressaltou o presidente da Aprosoja Brasil.

Representatividade

A nova diretoria da Aprosoja Brasil, que é composta por 12 afiliadas estaduais (GO, MT, MS, PR, SC, RS, TO, MA, PI, PA, RO e AP), tem o compromisso de elencar as demandas de seus Estados e levar os debates ao âmbito nacional. O objetivo é garantir a competitividade e a sustentabilidade dos produtores de soja e milho do Brasil.

* Fonte: Aprosoja-GO

* Foto: Wenderson Araujo/Trilux