“A forte alta de 1,60% na cotação do dólar não foi suficiente para suplantar a também forte queda de 1,53% na cotação da soja em Chicago, porque os prêmios também não deram sustentação, pois tiveram queda de 1 cents/bushel para outubro e 6 cents/bushel para março. Com isto, os preços oferecidos pelas Tradings nos portos brasileiros”, explica o analista da T&F Consultoria Agroeconômica, Luiz Pacheco.
No mercado interno, porém, devido aos efeitos do leilão de óleo para biocombustível realizado na semana, os preços médios oferecidos pelas indústrias esmagadoras continuaram no território positivo iniciado na última sexta-feira, subindo para 0,42% (0,18%) para R$ 78,86 (78,53)/saca, aumentando os ganhos do mês para 9,00 (8,54)%.
FUNDAMENTOS
“O conflito entre EUA e China continuou no radar do mercado nesta segunda-feira, mas as notícias não são boas: embora haja uma reunião marcada entre os representantes dos dois países para os próximos 10 dias, o Pres.Trump disse hoje que ‘não está preparado para fazer um acordo com a China’, o que assustou o mercado, fazendo cair as commodities e elevar a cotação do dólar no Brasil”, complementa Pacheco.
A T&F ressalta que a China cancelou suas últimas aquisições de soja dos EUA e passou a comprar somente soja sul-americana nos últimos 10 dias, na esteira do pronunciamento de um representante do governo chinês, que afirmou para a imprensa internacional que seu país poderia se abastecer somente na América do Sul. Os chineses compraram cerca de 2,8 milhões de toneladas nestas condições somente nos últimos 15 dias.
Fonte: Agrolink Por Leonardo Gottems
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