Quedas nas cotações do milho se acentuam na Bolsa de Chicago nessa terça-feira

A Bolsa de Chicago (CBOT) apresentou uma intensificação nas quedas dos preços internacionais do milho futuro ao longo dessa terça-feira (23). Após abrir o dia em baixa, mas muito próximos da estabilidade, as principais cotações registravam desvalorizações entre 3,00 e 3,50 pontos por volta das 12h14 (horário de Brasília).

O vencimento maio/19 era cotado à US$ 3,51, o julho/19 valia US$ 3,60 e o setembro/19 era negociado por US$ 3,68.

Segundo análise de Tony Dreibus da Successful Farming, essa queda reflete o plantio da safra americana, que passou dos 3% da semana passada para 6% do total no último relatório divulgado pelo USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) na última segunda-feira.

Esse índice ainda é menor do que os 12% registrados no mesmo período do ano passado, mas a confiança de que os trabalhos de semeadura podem ser realizados em velocidade acelerada, mantêm a expectativa de plantio dentro da normalidade.

Para a Agência Reuters, as quedas do milho são influenciadas pela desvalorização do trigo e, só não são maiores, justamente por essa desaceleração inicial no plantio da nova safra dos EUA.

B3

Já na bolsa brasileira quem continua bastante presente é a estabilidade, porém com resultados misturados. As principais cotações registravam movimentações entre 0,16% negativo e 0,88% positivo por volta das 12h20 (horário de Brasília).

O vencimento maio/19 era cotado à R$ 34,33, o julho/19 valia R$ 32,28 e o setembro/19 era negociado por R$ 31,89.

De acordo com a Agrifatto Consultoria, o contrato de setembro oscila entre o campo negativo e positivo, tentando uma recuperação após recuo de 1,72% no pregão da véspera. Enquanto isso, as exportações continuam com a movimentação observada desde o início do ano, ou seja, com volumes gradualmente menores a cada mês, mas ainda mantendo desempenho mais forte em relação ao mesmo período de 2018.

Assim, os embarques nos 14 primeiros dias úteis deste mês somaram 335 mil toneladas, o ritmo diário em 28,9 mil toneladas ficou 49% menor ante o mês anterior, embora ainda se registre 337% maior frente as 5,5 mil toneladas de abril/18.

Por: Guilherme Dorigatti