São Paulo sem aftosa

Iniciamos no dia 1 de maio a etapa de maio da campanha de vacinação contra a febre aftosa no Estado de São Paulo. Cerca de 11 milhões de bovídeos (bovinos e bubalinos) de todas as idades deverão ser vacinados para garantir que a doença continue longe do rebanho paulista, mantendo nossas exportações, gerando renda e emprego no campo e agregando valor à nossa produção.

Neste ano, o Estado adotou uma nova estratégia de imunização contra a doença, para uniformizar o sistema com o calendário dos demais Estados da Federação, com vistas à retirada da vacinação em 2021. Estamos com um nível bom de controle da aftosa, com uma taxa de vacinação superior a 98% do rebanho paulista, mas é preciso estarmos sempre atentos, especialmente os produtores.

Este ajuste do calendário foi realizado a partir de solicitação da nossa Secretaria ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), considerando o pleito do setor produtivo. Na etapa de maio, será utilizado o estoque remanescente de vacinas de 5 ml e, em novembro, quando serão vacinados os animais de zero até 24 meses, será utilizada a vacina bivalente de 2 ml, com os vírus A e O.

Muitos Estados já adotavam a inversão do calendário, fazendo com que fosse necessário um acompanhamento maior dos animais que chegavam a São Paulo, que exigia um cronograma diferente de imunização. Nosso sistema de Gestão de Defesa Animal e Vegetal (Gedave) já está preparado, os revendedores estão abastecidos com os estoques de vacina para todo o rebanho. A inversão no calendário corrige ainda uma interferência no manejo do rebanho reprodutivo.

Para nosso amigo pecuarista que vai vacinar seu rebanho, a primeira providência é adquirir as vacinas em estabelecimentos cadastrados junto à Coordenadoria de Defesa Agropecuária (CDA). Isso porque todo o estoque de vacina disponível no Estado para comércio durante a etapa da campanha é cadastrado pela revenda no Gedave.

No momento da compra, o volume adquirido pelo criador é transferido, por meio do sistema, para o estoque da propriedade, o que facilita a declaração da vacinação pelo criador. A legislação proíbe o uso de vacinas adquiridas em etapas de vacinações anteriores.

A vacina, que não pode ser congelada, deve ser mantida entre 2 e 8 graus Celsius, tanto no transporte como no armazenamento. É necessário usar uma caixa de isopor, com no mínimo dois terços de seu volume em gelo, para que a vacina não perca sua eficácia.

Para realizar a vacinação deve ser escolhido o horário mais fresco do dia, classificando os animais por idade (era) e sexo, para evitar acidentes.

Usar seringas e agulhas novas e higienizadas, sem o uso de produtos químicos (nem álcool, nem cloro). O local da aplicação é no terço médio do pescoço (tábua do pescoço). Independentemente da idade, a dose é de 5 mL de vacina. As agulhas devem ser substituídas com frequência (a cada 10 animais), para evitar infecções e os frascos devem ser mantidos resfriados durante a operação.

O criador deve se organizar para fazer a vacinação dentro do prazo estabelecido pela legislação, ou seja, de 1 a 31 de maio, e tem até o dia 7 de junho para comunicar a vacinação ao órgão oficial de Defesa Agropecuária diretamente no sistema informatizado Gedave.

É preciso declarar todos os animais de outras espécies existentes na propriedade, tais como equídeos (equinos, asininos e muares), suideos (suínos, javalis e javaporco), ovinos, caprinos e aves (granjas de aves domésticas, criatórios de avestruzes).

A vacinação é obrigatória. Deixar de vacinar e de comunicar a vacinação sujeita o criador a multas de 5 Ufesps (R$ 128,50) por cabeça por deixar de vacinar, e 3 Ufesps (R$ 77,10) por cabeça por deixar de comunicar. O valor de cada Ufesp – Unidade Fiscal do Estado de São Paulo é 25,70 reais.

A conscientização do criador é parte importante nesse processo de adaptação do calendário, evitando problema no trânsito dos animais e de status vacinal entre os Estados, com uma barreira imunológica para a retirada da vacinação. Tenho certeza de que mais uma vez bateremos recordes de vacinação para assegurar a sanidade animal paulista!

Fonte:  SECRETARIA DE AGRICULTURA – SP

Imagem créditos: Agência Brasil