Senar-GO: Preço do leite recua quase 10% em 2021

 

Preço do leite recua quase 10% em 2021: palestras do Senar Goiás podem trazer alternativas para diminuir prejuízo

Diante do mercado tão complicado para os produtores de leite, buscar alternativas que possam amenizar os prejuízos é a saída. Isso se faz com informação. O Senar Goiás está disponibilizando uma série de palestras on-line sobre diversos conteúdos do agro entre eles a pecuária de leite. Procure um Sindicato Rural e solicite.

O preço do leite captado em fevereiro e pago ao produtor em março caiu 2,5% na Média Brasil líquida, chegando a R$ 1,9384 por litro, de acordo com o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea).

No primeiro trimestre, a queda acumulada chega a 9,8%, descontando a inflação pelo IPCA de fevereiro de 2021. Apesar disso, trata-se de um valor recorde para um mês de março, superando em 28,3% o registrado no mesmo período de 2020.

Segundo pesquisadores da entidade, o enfraquecimento da demanda por lácteos, tendo em vista a diminuição do poder de compra do brasileiro, o fim do recebimento do auxílio emergencial para muitas famílias, o agravamento dos casos de Covid-19 e a elevação do desemprego pesaram sobre as cotações.

“Com o consumo fragilizado, houve o aumento da pressão dos canais de distribuição para obter preços mais baixos nas negociações de derivados junto às indústrias de laticínios”, pontua o Cepea.

Desse modo, pesquisas do Cepea realizadas com apoio financeiro da Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB).

Contudo, o Cepea destaca que a oferta de leite no campo está limitada. O Índice de Captação Leiteira (ICAP-L) caiu 4,5% de janeiro para fevereiro e a expectativa de agentes do setor é de que essa queda se acentue nos próximos meses, por conta do avanço da entressafra.

Além disso, a valorização considerável e contínua dos grãos (principais componentes dos custos de produção da pecuária leiteira) tem comprometido a margem do produtor e diminuído os investimentos na atividade. Pesquisas do Cepea mostram que, em fevereiro, o pecuarista precisou de, em média, 42,2 litros de leite para a aquisição de uma saca de 60 kg de milho, 2,4% a mais que em janeiro e 15,7% a mais que no mesmo período do ano passado.

“Com o custo alto, o manejo alimentar dos animais tem sido prejudicado e o abate de animais, crescido (aproveitando os preços atrativos do mercado de corte). Consequentemente, a oferta de leite no campo deve seguir limitada nos próximos meses. Nesse cenário, a competição das indústrias pela compra de matéria-prima deve se acirrar, levando, consequentemente, à retomada dos preços ao produtor”, finaliza.

Fonte: Comunicação Sistema Faeg/Senar com informações do Canal Rural