Setor iniciou 2018 com alto volume de pintos de corte

Maioria absoluta dos pintos de corte produzidos e alojados no primeiro mês de 2018 já foi abatida, pois já se passaram quase 45 dias desde 31 de janeiro.

Senão todos, a maioria absoluta dos pintos de corte produzidos e alojados no primeiro mês de 2018 já foi abatida, pois já se passaram quase 45 dias desde 31 de janeiro. Então, não há porque deixar de abordar o assunto e observar que a avicultura de corte errou a mão logo no começo do ano. Pois iniciou um novo exercício produzindo o maior volume de pintos de corte dos últimos 13 meses.

Em janeiro, de acordo com o levantamento mensal da APINCO, foram produzidos 556,669 milhões de pintos de corte, volume que não só corresponde a aumentos de 3,92% e 4,20% sobre, respectivamente, janeiro e dezembro de 2017, como também se encontra 7,5% acima da média mensal produzida no ano passado.

É interessante notar que em relação ao mês anterior não houve aumento real de produção, pois o acréscimo de 4,2% foi decorrência, apenas, de uma incubação a mais no mês (para comprovar, divida-se por 23 dias o total produzido em dezembro/17 e multiplique-se o resultado obtido por 24 dias; o resultado estará muito próximo do que foi produzido agora em janeiro). Além disso, o que foi produzido no início de 2018 ainda é menor que os 560,4 milhões de cabeças de dois anos antes, janeiro de 2016.

Há que se convir, porém, que, frente ao baixo consumo do período inicial do ano, a produção (de pintos) de dezembro já foi elevada. E repeti-la no mês seguinte (quando o produto dele decorrente ainda enfrenta um mercado extremamente recessivo) representa erro estratégico. Da mesma forma, é inadequado adotar como parâmetro o que foi produzido dois anos atrás, pois desde então as condições de consumo (tanto o interno como o externo) sofreram drástica deterioração.

Enfim, a elevada produção de janeiro ajuda a explicar porque – como observou a equipe de analistas do CEPEA/ESALQ/USP – o frango vem registrando os menores preços dos últimos 12 anos (isto é, desde 2006/07). Pois o alto volume se opõe às condições observadas no mercado neste momento – de baixo consumo interno e de exportações ainda incipientes.

Por: AVISITE

Imagem créditos: Aprosoja