Soja afunda nos EUA sem demanda chinesa

O preço da soja na Bolsa de Cereais de Chicago registrou na terça-feira (21.01) baixas de 13,75 pontos no contrato de Março/20, fechando em US$ 9,16 por bushel. Os demais vencimentos em destaque da commodity na CBOT também fecharam a sessão com desvalorizações entre 11,25 e 13,50 pontos.

Os principais contratos futuros voltaram a cair forte no mercado norte-americano da soja, sem novas compras asiáticas após o fim da Guerra Comercial. “A falta de reação da demanda chinesa ao acordo assinado fez o mercado temer que a reativação das compras se dilate no tempo e não faça os preços subirem adequadamente. Além disso, há outro fator que perturba o mercado americano: o início da colheita no Brasil de uma safra que seria recorde, com o Real continuando a se desvalorizar”, apontam os analistas da T&F Consultoria Agroeconômica.

De acordo com a ARC Mercosul, o mercado internacional da soja abre a semana com preços sucumbindo na falta de demanda pelo grão estadunidense disponível: “Os chineses mantêm o posicionamento de adicionar compras em origens que ofereçam o melhor preço. Neste caso, o Brasil ainda possui a soja para embarque futuro com valores mais baratos do que a oleaginosa estadunidense”.

A ARC alerta que a demanda chinesa continuará concentrada na América do Sul, desde que os preços se mantenham atrativos. “O câmbio desvalorizado brasileiro mantém o poder de barganha do importador chinês. Já no milho, o grão dos EUA possui as ofertas para exportação mais baratas do mundo para embarque nestes próximos 2-3 meses. A América do Sul só ganhará competitividade na demanda pelo milho quando a safrinha estiver sendo colhida no segundo semestre deste ano”, concluem os analistas.

Fonte: Agrolink Por Leonardo Gottems

Crédito: DP