Soja cai pelo 2º dia no Brasil

A indefinição da disputa EUA/China ainda não aconteceu, aumentando a ansiedade do mercado

A definição da disputa entre Estados Unidos e China, o que poderia alavancar as cotações da Bolsa de Chicago, ainda não aconteceu. E pior, ainda se prolongou de março para abril, e agora para maio, aumentando a ansiedade do mercado e impedindo as cotações de subirem mais, avalia a T&F Consultoria Agroeconômica.

Por outro lado, as boas notícias sobre a economia brasileira fortalecem o Real, que recua frente ao Dólar. Estes dois elementos fundamentais na composição da soja estiveram em queda, nesta terça-feira (19.03): o Dólar caiu 0,06% e Chicago caiu 0,19%.

Com isso houve queda dos preços médios da soja sobre rodas nos portos do Sul do Brasil, que recuaram 0,92%, para R$ 77,81/saca, fazendo recuar também os ganhos do mês de março para apenas 0,58%. No interior, os preços médios também recuaram 0,40% para R$ 72,90/saca, trazendo o lucro do mês de março para 0,61%.

“Se há problemas de chuva que atapalham a colheita nos estados do Sul, no restante dos estados do Centro-Oeste e Norte a colheita da soja avança em ritmo mais acelerado do que no ano passado ou mesmo do que a média dos anos anteriores, sendo este um fator negativo no mercado futuro da soja”, afirma o analista Luiz Fernando Pacheco, da T&F.

FUNDAMENTOS

O Paraná já colheu 72% dos 5,43 milhões de hectares plantados na safra 2018/19, contra 74% na mesma data do ano passado. Ainda de acordo com Pacheco, este atraso na colheita se deve às intensas chuvas que assolam o estado nos últimos dias, impedindo o trabalho das máquinas nas lavouras. A condição das lavouras ainda não colhidas é de 83% boas, 15% médias e 2% ruins, contra 90% boas, 10% médias e zero ruins da safra passada na mesma época. Contudo, no que se refere à comercialização, ela está significativamente adiantada em relação ao ano anterior 27%, contra 15% em 2018.

Fonte: Agrolink Por Leonardo Gottems