Soja: Cotações pressionadas em Chicago

“Os futuros de soja devolveram seus ganhos matinais, mas se estabilizaram entre 1/2 e 1 centavo de alta no final.”

A recente queda nos valores dos óleos vegetais e o leilão de soja na China acabaram pressionando as cotações da oleaginosa na bolsa de Chicago nesta quarta-feira (17.10). De acordo com o analista Luiz Fernando Pacheco, da T&F Consultoria Agroeconômica, o resultado desse processo foi a retomada na alta dos contratos futuros.

“Os futuros de soja devolveram seus ganhos matinais, mas se estabilizaram entre 1/2 e 1 centavo de alta no final. O farelo de soja do primeiro mês subiu US$ 1,40 / t para sustentar o valor do produto, com o óleo de soja caindo 10 pontos. Os futuros de óleo de palma atingiram o nível mais alto de 4 semanas em ideias de aumento do uso de biodiesel, mas também expandiram as exportações de biodiesel”, comenta.

Segundo ele, os analistas norte-americanos esperam que o relatório que será divulgado amanhã (19.10) pelo Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) traga dados importantes sobre a exportação de soja dos EUA. “Os analistas estão estimando o relatório do USDA de amanhã para mostrar 0,6-1 MMT em 18/19 vendas de exportação de soja durante a semana de 10/11”, escreve.

No Brasil, o analista informa que foi feita uma atualização dos custos de produção, com vistas à safra de verão da soja de 2018/2019. Nesse cenário, os preços da soja caíram consideravelmente quando comparados com os níveis em que estavam há 22 dias atrás. “Sim, os preços caíram muito, mas ainda estão muito lucrativos. Se considerarmos que o custo de produção médio está por volta de R$ 61,15/saca, para uma produtividade de 55 sacas (se sua produtividade é maior seu custo é menor e seu lucro, maior)”, conclui.

Fonte: Agrolink Por Leonardo Gottems