Soja em alta no Brasil com Dólar maior

Alta da moeda dos EUA anulou completamente a queda de Chicago e dos prêmio nos portos

Segundo apurou a pesquisa diária do Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada, da USP), os preços da soja no mercado físico brasileiro fecharam a quarta-feira (27.03) com preços médios da soja subindo 0,39% em média no interior, enquanto a alta nos portos foi de apenas 0,15%.

“Dentro da composição do preço para o mercado interno, a alta do dólar de 2,27%, visto a crescente preocupação com a articulação política em relação à reforma da Previdência, anulou completamente a queda da cotação de Chicago e a queda do prêmio nos portos”, aponta o analista de mercado Luiz Fernando Pacheco, da T&F Consultoria Agroeconômica.

PRODUÇÃO

O Departamento de Economia Rural (Deral), da Secretaria de Agricultura do Paraná, reduziu a previsão de produção de soja e aumentou a projeção de colheita de milho, tanto da safra de verão quanto de inverno, nesta quarta-feira. Com relação à soja, o Deral espera agora produção de 16,134 milhões de toneladas, ante 16,353 milhões de toneladas previstas em fevereiro. A projeção de área plantada foi elevada de 5,428 milhões de hectares para 5,435 milhões de hectares. Já a previsão de rendimento diminuiu de 3.012 quilos por hectare para 2.968 quilos por hectare. Conforme o Deral, 35% da safra está comercializada.

CLIMA

O padrão climático pré-estabelecido sobre o Centro-Norte do Brasil continua nas leituras atualizadas, de acordo com a Consultoria AgResource: “Chuvas intensas e dispersas sobre o Mato Grosso, Centro de Goiás e norte do Tocantins serão presentes nestes próximos 5 dias, pelo menos. Enquanto isso, a região do Centro-Sul do país passa por um período de estiagens, que se já se prolongam por 12 dias, em algumas áreas no sul do Mato Grosso do Sul e Paraná. Este cenário não possui boas perspectivas de mudança”.

“Produtores paranaenses deverão enfrentar mais 5-7 dias de estiagens, pelo menos. Sem dúvida nenhuma um cenário extremamente danoso para o progresso da safrinha. A ARC lembra que este poderá ser o quarto ano consecutivo de prejuízos graves com o plantio do milho-de-inverno, em algumas áreas no Sul do país. Na Argentina, precipitações entre 15-25mm voltam para o Centro-Norte neste fim de mês”, dizem os analistas da AgResource.

Fonte: Agrolink Por Leonardo Gottems