Soja se ajusta antes do fim de semana prolongado nos EUA e trabalha em alta nesta 6ª em Chicago

Nesta sexta-feira (25), os preços da soja voltaram a subir na Bolsa de Chicago, se recuperando das leves baixas registradas no fechamento do pregão anterior. Assim, por volta de 7h55 (horário de Brasília), as cotações subiam entre 4,50 e 5,25 pontos, com o julho/18 valendo US$ 10,41 por bushel. O agosto/18 vinha sendo negociado, no mesmo momento, a US$ 10,45.

O mercado segue se ajustando antes de um final de semana prolongado nos Estados Unidos, agindo, portanto, com cautela à espera de novidades. Na próxima segunda-feira (28) se comemora o Memorial Day e as bolsas norte-americanas não funcionarão, retomando seus negócios na madrugada da terça-feira (29).

Entre as informações mais aguardados pelos traders para a próxima semana estão, portanto, as referentes à nova safra dos EUA. O USDA (Departametno de Agricultura dos Estados Unidos) traz, na terça, seu novo boletim semanal de acompanhamento de safras, com os primeiros dados, inclusive sobre as condições das lavouras, o que mexe com o humor das especulações.

Paralelamente, os traders acompanham ainda as previsões climáticas para os próximos dias no Corn Belt e os impacto que têm sobre as plantações da temporada 2018/19. O que preocupa, nesse momento, é a possibilidade de um aumento de temperaturas nos próximos dias, como explica a AgResource Mercosul (ARC).

“Nos Estados Unidos, uma tempestade tropical, nomeada Alberto, é projetada para se formar e se direcionar sentido o Golfo norte-americano, neste próximo fim de semana. Tal evento deverá causar um aquecimento das regiões não-afetadas com a tempestade, principalmente as Planícies e o oeste do Cinturão Agrícola. Temperaturas médias são esperadas entre 32-38 °C, para tais regiões”, diz o reporte da consultoria internacional.

No mais, o mercado também mantém em seu radar o desenvolvimento das conversas entre China e Estados Unidos. Embora uma trégua tenha sido anunciada no último final de semana, os traders buscam conhecer mais detalhes da ‘prévia’ deste acordo e de que forma ambos os países irão se comportar, principalmente, em relação aos produtos agrícolas.

“A especulação, nesta quinta-feira, até tentou adicionar outra alta na soja, com o pronunciamento do Secretário da Agricultura dos EUA, Sonny Perdue, que a China iria importar um adicional de US$ 25bilhões em produtos agrícolas, nos próximos anos. No entanto, o movimento não se sustentou ao longo do dia, com a falta de confirmação de qualquer novidade para tais acordos comerciais”, complementou a ARC.

Soja fecha com leves baixas em Chicago nesta 5ª feira, mas preços se mantêm nos portos do BR

O mercado da soja recuou nesta quinta-feira (24) das últimas altas, que marcaram as máximas em três semanas, após China e Estados Unidos anunciarem uma trégua em sua disputa comercial.

Além disso, os números fracos das vendas semanais norte-americanas também pesaram sobre as cotações. Da safra velha foram registrados, inclusive, cancelamentos.

O vencimento julho/18 ficou em US$ 10,35, subindo 3,50 pontos, e o agosto com US$ 10,39 e alta de 3,50 pontos.

O USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) trouxe seu novo boletim semanal de vendas para exportação com números bastante fracos para a soja.

Da safra velha, foram canceladas as vendas de 139,5 mil toneladas, enquanto o mercado esperava algo entre o cancelamento de 200 mil e a venda de 400 mil toneladas. Da safra nova foram vendidas apenas 6,9 mil toneladas, com as expectativas variando de 200 mil a 400 mil toneladas.

Segundo explicam analistas internacionais, algumas preocupações com o clima no Corn Belt também pesam sobre o direcionamento dos preços.

De acordo com informações da consultoria Allendale, Inc, o excesso de umidade em pontos como o norte Iowa e o centro-sul de Minnesota traz alguma preocupação ao mercado e motiva maior especulação entre os traders.

“A data de plantio de 31 de maio para o milho se tornou extremamente importante, com os produtores de Minnesota tendo que se decidir se irão semear o cereal ou mudar para a soja”, diz a Allendale.

Além disso, na próxima semana, o boletim semanal de acompanhamento de safras do USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) já começa a trazer seus primeiros dados de condições de lavouras e a consultoria aposta, para o milho, em algo entre 67% e 72% de bom ou excelente. No ano passado, nessa época, o número era de 65%.

Complementando o quadro de ajustes, os traders também ajustam suas posições diante da proximidade de um final de semana prolongado, já que há um feriado nos EUA na próxima segunda (28) – Memorial Day – e os negócios só serão retomados no pregão noturno de terça-feira.

Preços no Brasil

No Brasil, os preços mantiveram sua estabilidade na maior parte das praças de comercialização do interior do país.

As mudanças mais expressivas foram registradas nos portos, tanto pra soja disponível, quanto no mercado futuro.

Nesta quinta-feira, a oleaginosa disponível fechou os negócios com R$ 87,00 por saca e alta de 0,58%, e o mesmo indicativo para referência março/19. Em Rio Grande, R$ 86,00 no disponível e R$ 86,50 no futuro, com baixas de 0,35%.

Fonte: Notícias Agrícolas