O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) divulgou na última sexta-feira (12), novo relatório mensal de oferta e demanda da safra 2017/2018 de grãos nos principais países produtores e consumidores do mundo. Os reportes do USDA são importantes referências para o mercado mundial de grãos, afetando diretamente os preços destes produtos internacionalmente.
De acordo com o relatório, os números de janeiro sofreram atualizações dentro das expectativas do mercado. “No caso da soja, a produção mundial foi atualizada para 348,57 milhões de toneladas, ficando praticamente estável em relação ao último levantamento, assim como os estoques mundiais, estimados em 98,57 milhões de toneladas”, destaca o analista técnico do Instituto para o Fortalecimento da Agropecuária de Goiás (Ifag), Cristiano Palavro.
Entre os maiores países produtores da oleaginosa, os Estados Unidos registraram pequena redução da produção total, ficando em 119,53 milhões de toneladas, contra 120,43 no reporte anterior. O esmagamento foi atualizado para cima, sendo estimado atualmente em 53,07 milhões de toneladas. Mesmo assim, com a queda observada nas expectativas de exportações de soja americana, que passou de 60,55 milhões para 58,8 milhões de toneladas, os estoques finais americanos foram elevados para 12,79 milhões, alta de 5,6% em relação a estimativa do mês anterior.
Para o Brasil, o USDA estimou uma safra total de soja de 110 milhões de toneladas, número comparado com o levantamento da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) divulgado na última semana. Já as exportações brasileiras foram elevadas para 67 milhões de toneladas. Um crescimento de 1,5 milhão de toneladas, em relação ao último reporte. Para a Argentina, terceiro maior produtor mundial de soja, a produção está projetada em 56 milhões de toneladas. Os americanos estimaram uma queda de um milhão de toneladas na produção, em relação ao último reporte, refletindo o cenário de déficit hídrico que está ocorrendo em importantes regiões produtoras da Argentina.
No caso do milho, o USDA aumentou a produtividade média das lavouras americanas da última safra, chegando a 186,9 sacas por hectare, o que elevou a estimativa de produção total do cereal para 370,96 milhões de toneladas. Com isso os estoques finais americanos foram elevados, ficando em 62,93 milhões de toneladas, alta de 1,6% em relação ao mês de dezembro. Os estoques mundiais também sofreram aumento, chegando a 206,57 milhões de toneladas, influenciados principalmente pela leve queda na expectativa de consumo mundial do cereal.
Fonte/Imagem: Assessoria de Comunicação Sistema Faeg Senar Goiás
