USDA: Depressão nas commodities está terminando

Quando começar a colheita nos Estados Unidos, haverá o “início de um aumento gradual nos preços que se espera que continuem durante a década”, terminando com a queda de cotações iniciada em 2013. É o que apontam projeções do Departamento da Agricultura Dos Estados Unidos (USDA).

Os preços da maioria dos cultivos continuam abaixo da média dos últimos 10 anos. Por outro lado, para maximizar os lucros, os produtores norte-americanos plantarão mais soja, fazem dela o principal cultivo, enquanto plantam menos milho e trigo.

“Essas projeções são as primeiras da história que colocam a superfície de soja eclipsando a de milho”, diz o USDA em suas projeções para os próximos 10 anos da agricultura dos Estados Unidos e do mundo. As estimativas foram baseadas no clima e nas condições de mercado do último outono americano, e serão atualizadas nas próximas quinta e sexta-feira.

Em 2018, os produtores devem plantar quantidades iguais de soja e milho, 91 milhões de acres cada, diz o USDA. O fim o do “reinado do milho” mudaria profundamente dos quatro maiores cultivos nos Estados Unidos – milho, soja, trigo e algodão que cobriram 239 milhões de acres no ano passado, uma área que é o dobro do estado da Califórnia.

“Aumentos sustentados em produtividade, mesmo para o milho, que deve ter a maior perda de área na próxima década”, afirmou o USDA, se referindo aos oito cultivos mais importantes, que são milho, soja, trigo, algodão, arroz, sorgo, cevada e aveia. O plantio de soja é esperado entre 91 a 92 milhões de acres por ano até 2027, enquanto o milho deve baixar para 87,5 milhões de acres.

“Os preços de grãos para alimentação humano e animal devem atingir o fundo do poço em 2017/2018”, conclui a agência americana.

Fonte:  AGROLINK –Leonardo Gottems

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