USDA reduz exportações e aumenta estoques finais de trigo

As exportações americanas de trigo para 2017/18 foram reduzidas em 690 mil toneladas, passando para 25,17 milhões de toneladas, enquanto os estoques finais aumentaram no mesmo volume. As exportações foram reduzidas devido aos preços pouco competitivos em alguns mercados internacionais, informa a T&F Consultoria Agroeconômica.

As exportações do trigo hard de inverno e o trigo hard de primavera foram reduzidas em 408,23 mil tons e 272,15 mil tons, respectivamente. A média sazonal dos preços aos agricultores aumentou $ 0,5/bushel na média da faixa de preços para $ 4,65 sobre os preços do NASS-National Agricultural Statistics Service reportados até o momento e expectativas de alta dos preços do mercado físico pelo que resta do ano comercial (que se encerra em 30 de junho), refletindo o transcorrer da seca no Sul das Planícies.

De acordo com o analista da T&F, Luiz Fernando Pacheco, com a oferta aumentando e a demanda reduzindo, crescem os estoques finais mundiais: “As disponibilidades globais de trigo para a safra 2017/18 aumentaram em 500 mil toneladas, principalmente devido ao aumento da produção do Casaquistão”.

As exportações globais foram aumentadas fraccionalmente com o aumento da Rússia de 1,5 milhão de toneladas, parcialmente compensadas com a redução de 1,0 milhão de tons na União Europeia. As exportações da Rússia estão projetadas em 37,5 milhões de toneladas, cerca de 35% a mais do que o recorde do ano anterior e ultrapassando as exportações da União Europeia em 12,5 milhões de toneladas.

“As importações globais também amentaram, lideradas pelo aumento de 1,0 milhão de tons da Turquia, as quais foram largamente supridas pela Rússia. O total do consumo mundial foi reduzido em 2,0 milhões de tons para a Índia, seguindo relatórios da redução da demanda diante do aumento dos preços internos. Apesar da redução, o total do consumo é ainda levemente maior do que o recorde do ano passado. Com o total das disponibilidades mundiais aumentando e o total da demanda caindo, os estoques mundiais foram aumentados em 2,8 milhões de toneladas, para 268,9 milhões de tons”, conclui Pacheco.

Fonte:  AGROLINK –Leonardo Gottems

Imagem créditos: Domínio Público