Pacote tecnológico utilizará imagens de satélite para ajudar cafeicultor

Produtores de Minas Gerais e São Paulo que adquirem o Mais Café, da multinacional DVA Agro, terão sem custo adicional, o seguro climático dos cafezais, que garantirá a saúde das plantas por meio de medição da quantidade de água no solo

O clima este ano tem tirado o sono de muitos produtores, em especial dos que cultivam café. Meses longos de estiagem e dias curtos de chuva, já vinham impactando na safra desde o começo de 2021. Porém, em julho, o cenário que já não era bom, se agravou ainda mais com fortes geadas nas principais regiões produtoras do grão. Segundo a Companhia Nacional do Abastecimento (Conab) os impactos das baixas temperaturas atingiram mais de 20% dos hectares de café arábica, variedade mais cultivada nas terras brasileiras.

Já em Minas Gerais, principal estado produtor do País, estima-se que 156 mil hectares foram atingidos, representando uma perda de quatro milhões de sacas de café em 2022. Em São Paulo quase todas as plantações do estado tiveram algum tipo de dano, que resultarão em prejuízos, que ainda estão sendo contabilizados, pelo menos, até 2024. Pensando justamente nestes produtores, que a DVA Agro está lançando o Mais Café, um pacote tecnológico inédito no Brasil.

O grande diferencial desta novidade é que os cafeicultores mineiros e paulistas que aderirem a solução, além de contarem com os inovadores fertilizantes que a DVA traz para o Brasil, também terão acesso, sem nenhum tipo de custo adicional, a um exclusivo seguro agrícola climático. “Nenhuma empresa de insumos, nunca tinha oferecido um pacote de produtos, com o seguro climático incluso, ainda mais, sem o produtor ter que pagar nada a mais por isso”, diz Bruno Francischelli, engenheiro agrônomo e coordenador de marketing da DVA no Brasil.

Parceria estratégica

A iniciativa da DVA foi desenvolvida em parceria com a empresa holandesa VanderSat que por meio de sua tecnologia consegue medir a quantidade de água no solo, via satélite. “Quando medimos a umidade do solo, temos um dado muito importante e eles têm uma leitura em tempo real que abastece um banco de dados com um histórico de 20 anos”, diz Francischelli.

Completa o tripé do novo pacote tecnológico, uma importante seguradora parceira que disponibilizará o seguro paramétrico que utiliza como parâmetro, os dados de umidade do solo obtidos pela VanderSat.  Segundo o engenheiro agrônomo, a solução funcionará de forma muito segura e objetiva. Há uma curva de umidade do solo, do ano inteiro, quando se nota uma variação daquela curva, o seguro é acionado. Ao mesmo tempo, o produtor pode acompanhar pelo seu computador, o quanto de umidade está constando no solo de seus cafezais. Quando essa indicação cai drasticamente ele vai ser reembolsado pelo seguro. “Essa é a primeira novidade é um seguro paramétrico no Brasil com grande precisão. Ela mede município a município, e se for preciso pode aferir até hectare por hectare. É um dado muito mais específico”, destaca.

Ainda segundo Francischelli, com a nova solução que está sendo disponibilizada ao mercado, o produtor não ficará refém de uma ferramenta apenas que é o seguro agrícola convencional, a única opção até então para o risco climático. “Além de ser muito caro, o Governo precisa pagar uma parte desse seguro, a qual chamamos de subvenção. Neste pacote tecnológico que estamos oferecendo, de forma inédita aos produtores de cafés, quem está fazendo essa subvenção, mas de forma integral é a DVA, pois os cafeicultores não pagarão nada a mais por isso”, reforça.

Além de não ter um custo adicional nos insumos que tradicionalmente os produtores já precisam comprar, a outra grande vantagem é que eles possam manejar seus riscos. “Essa gestão de riscos é o nosso objetivo, pois é algo que o cafeicultor normalmente não se atenta e nós como DVA, fortalecemos esse conceito”, acrescenta o coordenador de marketing.

A ideia da empresa é ampliar o pacote tecnológico para outras culturas, mas no momento o foco é a consolidação do Mais Café. “Nós precisamos aprender com ele, sentir do próprio agricultor. Por ser algo inédito precisamos explicar bem todos os detalhes que toda a produção dele, nós estamos assegurando com o nosso custo. É uma parte pequena, mas já é um grande começo”, acrescenta o engenheiro agrônomo.

Fonte: rural press