Pecuarista deve ficar atento à incidência de carrapatos com retorno das chuvas

Especialista alerta que momento é da terceira geração do parasita e produtor deve cuidar com surtos de tristeza parasitária bovina

O retorno das chuvas e a diminuição das temperaturas nesta época do ano trazem à tona a atenção à questão envolvendo a incidência do carrapato. Depois de um período de seca no Rio Grande do Sul, onde não se teve proliferação do parasita na primeira e segunda gerações, o momento é de cuidado com a terceira geração. O alerta é do presidente do Conselho Técnico da Conexão Delta G, Bernardo Pötter.

O dirigente lembra que com a chuva e as temperaturas baixas, o produtor não pode esquecer que esta é uma época propícia para novas infestações. “Estas larvas que estavam no solo e conseguiram sobreviver às altas temperaturas e às áreas que não tiveram incêndio em cima, agora vão explodir. É importante o produtor ficar atento principalmente para surtos de tristeza parasitária bovina”, destaca.

Além disso, Pötter ressalta que é fundamental programar os acasalamentos na estação de monta agora com touros com alta resistência ao carrapato, escolher as melhores linhagens e buscar no sumário da Conexão Delta G ou junto às centrais de inseminação quais são os touros com maior resistência ao carrapato para formar linhagens e deixar o rebanho cada vez menos sensível.

Há mais de dez anos, um convênio de pesquisa firmado pela Conexão Delta G com a Embrapa Pecuária Sul, de Bagé (RS), e a Gensys Consultores Associados, com apoio da Associação Brasileira de Hereford e Braford (ABHB), vem desenvolvendo um projeto de seleção genômica para resistência ao carrapato, o qual combina dados de contagens de carrapato e de genealogia com informações de DNA, de modo a identificar e selecionar aqueles animais mais resistentes no plantel.

Fonte: AgroEffective