Pesquisadores da UNIFRAN e UNICID desenvolvem estudo  

Com a eliminação de bactérias dos resíduos gerados em Estações de Tratamento de Esgoto, é possível melhorar as condições sanitárias dos materiais e aproveitá-los na indústria agrícola;

Uso dos hidrocloretos polihexametileno guanidina e polihexametileno biguanida no tratamento de esgotos e obtenção de biossólido de aplicação agrícola teve patente registrada junto ao INPI na forma de PCT

A Universidade de Franca (UNIFRAN) e a Universidade Cidade de São Paulo (UNICID), instituições que pertencem ao grupo Cruzeiro do Sul Educacional, e que possuem como premissa, apoiar de forma sistemática e intensiva a realização de pesquisas, apresentam mais um estudo para a contribuição agrícola e sustentável do País.

Segundo pesquisadores e docentes das instituições, a partir da utilização dos polímeros: hidrocloreto de polihexametileno guanidina e polihexametileno biguanida, é possível tratar os resíduos (lodo e biossólidos) gerados em Estações de Tratamento de Esgoto (ETE), para buscar melhores condições sanitárias, e dessa forma, aproveitar os materiais como adubo para a indústria agrícola. A pesquisa foi nominada de: Uso de hidrocloretos polihexametileno guanidina e polihexametileno biguanida no tratamento de esgotos e obtenção de biossólido de aplicação agrícola.

O professor da UNIFRAN, Márcio Luís Andrade e Silva, responsável pelo estudo, explica que nas Estações de Tratamento de Esgoto (ETE), a água com impurezas e oriunda das residências, passa por várias etapas até ser despoluída e devolvida ao meio ambiente. Ele indica, que é neste processo, na fase líquida e sólida, que os biossólidos foram analisados e tratados com o intuito de serem reaproveitados.

“Durante os estudos e elaboração, foi identificado que esses dois polímeros têm uma atividade bactericida muito eficaz, eliminando 100% das bactérias patogênicas. As sobras, as quais chamamos de biossólidos, de forma geral, são simplesmente descartadas na natureza, o que causa um desequilíbrio ambiental. A partir dessa descoberta, ao invés do descarte, após o tratamento desses resíduos com polímeros, podemos reaproveitá-los e utilizá-los na agricultura como forma de adubo para as plantações”, explica o professor da UNIFRAN.

O docente alerta ainda, que sem a intermediação de um processo ambiental, como esse apresentado pela pesquisa, os resíduos representam graves riscos à saúde e ao meio ambiente, pois a composição dispõe da presença de microrganismos patogênicos e, em alguns casos, metais potencialmente tóxicos.

A pesquisa já teve a patente registrada no Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI) na forma de PCT. Completam a equipe de estudo, os pesquisadores: Dr. Márcio Luis Andrade e Silva, PPG Ciências da UNIFRAN;  Luiz Henrique Amaral, Diretor de Educação presencial da Unicid; Dra Katia Jorge Ciuffi, Reitora da UNIFRAN; Drs. Sergio R. Ambrósio, Rodrigo C. S. Veneziani e Renato L. T. Parreira, também PPG Ciências da UNIFRAN.

Fonte: XCOM Agência de Comunicação UNIFRAN