Touros da bateria da GENEX chegam para aprimorar a genética

Novos touros Angus podem produzir até 30 mil doses anuais de sêmen cada um, podendo injetar mais de R$1 bilhão na economia brasileira já nos primeiros anos de produção

Nove touros Angus serão a grande novidade que a GENEX Brasil, referência mundial em melhoramento genético bovino, soluções tecnológicas e de cuidados para os rebanhos. Trazidos dos Estados Unidos em 2020 pela empresa, os animais compõem o portfólio da GENEX na coleta e venda de sêmen para inseminação artificial no Brasil. Para o lançamento dos touros, a GENEX realizará nesta 2ªfeira (18 de outubro), a partir das 19h, uma live no seu canal do Youtube (https://www.youtube.com/c/genexbrasil).

Esse projeto faz parte de um novo plano de atuação da empresa e recebeu um aporte de mais de US$1 milhão. Na avaliação da diretoria, esses animais deverão injetar mais de R$1 bilhão na economia brasileira nos próximos dois anos. Cada touro poderá produzir 30 mil doses de sêmen por ano, gerando em média 20 mil bezerros, com valor de R$2.000,00 que, em dois anos, poderão valer o dobro disso e abastecer a indústria de proteína animal no mercado interno e externo. Isso porque os animais já chegaram com uma genética adaptada para o Brasil.

Na visão do Diretor Executivo da GENEX Brasil, Sergio Saud, o diferencial de produtividade está no processo específico de triagem. “O conceito ‘Cow Sense & Science’, já presente na seleção dos taurinos, foi aplicado nesse caso e é, justamente, a ideia de procurar nesses reprodutores o equilíbrio entre os três pilares: avaliações genéticas, pedigree e biotipo. Buscamos oferecer um animal equilibrado, que atenda às necessidades dos pecuaristas que priorizam qualidade de carne e uma carcaça valorizada”, afirma.

Na mesma linha, a Especialista de Desenvolvimento de Produto, Nicole Tramonte pontua que os animais apresentam características ideais para os sistemas de produção praticados no país. “São touros jovens, selecionados criteriosamente pela equipe GENEX americana para atender às necessidades do mercado de cruzamento industrial brasileiro. Além do alto desempenho à desmama e ao ano, possuem elevado rendimento de carcaça e vários apresentam gordura positiva, característica indicadora de precocidade sexual e de terminação. Ou seja, são touros que vão inserir uma curva de crescimento rápida, ideal para encurtar o ciclo de produção e aumentar a produtividade anual. Visando atender o mercado de carne de qualidade, buscamos trazer touros com alto marmoreio. Além disso, para atender os criadores que praticam o sistema tricross, temos opções de touros com boa habilidade materna e facilidade de parto”, afirma.

Nicole complementa que os animais superaram as expectativas.  “Eles se adaptaram muito rápido e já temos resultados surpreendentes. Estamos trabalhando com teste de fertilidade para esses touros, a partir do sistema de avaliação PregCheck BR, e até o primeiro semestre do próximo ano todos terão sido testados e acreditamos que apresentarão resultados excepcionais”, diz.

Mercado

De origem europeia, a raça Angus é conhecida pela excelente qualidade da carne e tem sido muito utilizada no cruzamento com outras raças, principalmente com o Nelore, que compõe a maior parte do rebanho brasileiro para a produção de carne, promovendo o efeito da heterose, fenômeno pelo qual os filhos apresentam melhor desempenho do que a média dos pais.

Segundo a Associação Brasileira de Inseminação Artificial (Asbia), o Brasil ampliou em 36,7% a comercialização de doses de sêmen Angus produzidas em território nacional no primeiro semestre de 2021. Os dados apontam para a valorização da genética Angus produzida no Brasil, uma vez que 28,2% do montante de sêmen Angus vendido aqui no período refere-se a reprodutores coletados no Brasil. O crescimento em relação ao mesmo período do ano passado (22,39%) é de 6 pontos percentuais.

Não somente o Angus, como todo o segmento de inseminação artificial (IA), se mostra em forte expansão no país.  Segundo dados da Asbia, a IA é utilizada em 73,4% dos municípios brasileiros, o que representa um crescimento de 3,7 pontos percentuais em relação ao primeiro semestre do ano passado. O levantamento também revela que nos seis primeiros meses do ano houve um crescimento de 35,7% na saída de doses de sêmen para o mercado em comparação com o mesmo período de 2020.

 O Diretor Executivo da GENEX Brasil pontua que o objetivo é aproveitar o momento e aumentar ainda mais a produção do Angus. “Esses novos touros vão produzir milhares de doses de sêmen, que serão vendidas e, consequentemente, movimentarão o agronegócio brasileiro. Depois nascerão os bezerros, que serão comercializados ou recriados e, posteriormente, vendidos para a indústria de proteína animal. A inseminação é o primeiro passo para alimentar essa cadeia de valor, que injeta uma quantidade grande de recursos na economia”, esclarece.

Para Sérgio Saud, a única tecnologia que leva ao melhoramento genético em grande escala é a inseminação artificial. “À medida em que o Brasil foi aumentando sua participação no mercado mundial de carnes, houve concomitantemente o crescimento na utilização da técnica da IA, e isso não é coincidência. Ou seja, a melhoria da qualidade, da padronização e da oferta regular são a conexão entre o melhoramento genético em larga escala e o crescimento de nossas exportações. Atualmente, o Brasil tem 20% a 25% de suas fêmeas bovinas em idade de reprodução sendo trabalhadas com melhoramento genético, por meio da inseminação artificial. Há 20 anos, inseminávamos em torno de 5%”, pontua.

Fonte: Profissionais do texto