Brasil possui cerca de 650 unidades de pesca, sendo 73% voltadas para peixes, 19% para crustáceos e 8% para moluscos.
Desde 2008, o Brasil não possui uma estatística pesqueira oficial para saber quantos trabalhadores estão ligados à pesca familiar. Mas, hoje, estudos indicam que o país tem 70% da sua base alimentar vinda da pesca familiar. Apesar da pesca artesanal estar diretamente ligada a alimentação do brasileiro, o setor passa por dificuldades nos últimos anos.
A pesquisa feita pelo Maramar, para a Gestão Responsável dos Ambientes Costeiros e Marinhos, mostrou que o Brasil possui cerca de 650 unidades de pesca, sendo 73% voltadas para peixes, 19% para crustáceos e 8% para moluscos. Essa produção dá por volta de 560 mil toneladas, do qual apenas 98 grupos de espécies pescadas foram identificados.
Para Fábio Pizzamiglio, diretor da Efficienza, empresa especializada no comércio exterior, “a pesca artesanal tem contribuído muito para o mercado nacional hoje, o Brasil possui cerca de 1,5 milhões de pescadores artesanais e em alguns locais a pesca significa cerca de 80% da economia. São dados relativos ao comércio nacional e que não devem ser ignorados por nós.”
No estado do Amazonas, o consumo médio de pescado é maior do que a média do país todo. Isso se dá pelo fato da população consumir peixe pelo menos uma vez na semana. Já no Mato Grosso, foi aprovada recentemente uma nova lei de “Transporte Zero”, que consiste na suspensão da pesca por 5 anos. “Essa lei nova que foi aprovada, consiste em não apenas deixar vários pescadores sem seus serviços, mas também mexe de uma forma direta com a economia e até mesmo com a importação visto que os maiores prejudicados são os pescadores artesanais.”, destacou Pizzamiglio.
Além disso, a pesquisa demonstrou que a pesca artesanal tende a ser mais saudável, visto que a pesca comercial, muita das vezes tem a presença de componentes químicos e o uso intensivo de ração na alimentação desses animais.
No Brasil esses trabalhadores estão cada vez mais vulneráveis, na maioria das vezes disputam espaço com grandes fornecedores, Os profissionais artesanais são normalmente de pessoas de comunidades ribeirinhas, caracterizado por uma produção em escala menor.
Fonte: Fábio Bouças – PRESSFC
