Infocafé – 07/06

A bolsa de N.Y. finalizou a segunda-feira em baixa, a posição julho oscilou entre a máxima de +1,95 pontos e mínima de -2,75 fechando com -1,50 pts. 

O dólar fechou perto da estabilidade, com uma alta de 0,02%, cotado a R$ 5,0349. O recuo global do dólar nos últimos dias tem como pano de fundo o reforço das leituras de que o banco central dos EUA não irá retirar estímulos e elevar a taxa básica de juros de forma precoce. Mantidos esses estímulos, mantém-se a liquidez farta que pode fluir para mercados emergentes como o Brasil. Na China, os preços do minério de ferro recuaram 4,4% nesta segunda-feira, após dados de importação e exportação terem mostrado crescimento em maio abaixo do esperado. Por aqui, o maior ingresso de dólares, além de revisões para cima nas expectativas para a taxa de juros e para o crescimento econômico, têm contribuído para o recuo do dólar para um patamar mais próximo de R$ 5. Os analistas do mercado financeiro elevaram a projeção para a inflação de 2021 de 5,31% para 5,44%, segundo pesquisa Focus divulgada nesta segunda-feira. Já a expectativa de crescimento do PIB deste ano passou de 3,96% para 4,36%. O mercado manteve em 5,75% ao ano a previsão para a Selic no fim de 2021. Já a projeção para a taxa de câmbio no fim do ano permaneceu em R$ 5,30. 

A produção global de café no ano-safra 2020/21 (outubro-setembro) deve totalizar 169,604 milhões de sacas de 60 quilos, alta de 0,4% na comparação com 2019/20 (168,942 milhões de sacas), disse a Organização Internacional do  Café nesta sexta-feira em seu relatório mensal de acompanhamento do mercado. Em maio, a estimativa de produção era de 169,633 milhões de sacas. A produção mundial de café arábica deve atingir 99,245 milhões de sacas em 2020/21 (+2,3%), ante as 99,423  milhões de sacas apontadas em maio. Por outro lado, a safra de robusta deve cair 2,1%, totalizando 70,360 milhões de sacas, contra as 70,211 milhões de sacas estimadas em maio. Já o consumo global de café em 2020/21, segundo OIC, atingirá 167,584 milhões de sacas, com alta anual de 1,9%  (164,436 milhões de sacas em 2019/20). Em maio, a estimativa para a demanda global de café em 2020/21 era de 166,346 milhões de sacas. Com isso, o mercado global de café terá superávit entre a oferta e a demanda na ordem de 2,019 milhões de sacas em 2020/21, após um excedente de 4,506 milhões de sacas observado em 2019/20. Em maio, a OIC estava apontando um excedente de 3,286 milhões de sacas. Conforme a OIC, a revisão nos números de consumo para 2020/21 é justificada pelo alívio nas medidas de restrição em alguns países adotadas para combater a pandemia de Covid-19 e as subsequentes perspectivas de recuperação na economia. Os consumidores estão ganhando confiança, levando a uma tendência positiva para a demanda global de café.

Fonte: Mellão Martini