Agrodefesa e entidades do agro realizam encontro para discutir medidas de prevenção e controle do milho tiguera em Goiás

A Agência Goiana de Defesa Agropecuária (Agrodefesa) e entidades representativas do agro vão realizar no dia 5 de outubro, a partir das 8h30, no mini auditório do Sindicato Rural de Rio Verde, uma reunião técnica para discutir e sugerir medidas fitossanitárias para a prevenção e o controle da tiguera do milho. Um dos objetivos é traçar estratégias para ampliar a orientação sobre a importância de eliminar o milho voluntário que surge nas lavouras, também chamado de tiguera, porque são plantas consideradas ‘ponte verde’ para proliferação de doenças e pragas, como é o caso da cigarrinha do milho.

As chuvas incomuns que ocorreram no mês de agosto, em algumas regiões de Goiás, por exemplo, acenderam o sinal de alerta. É que o solo mais úmido contribuiu para a germinação do milho tiguera, que é hospedeiro da cigarrinha. A praga é responsável pela transmissão do vírus do enfezamento – que causa grandes prejuízos de produtividade na cultura.

O presidente da Agrodefesa, José Ricardo Caixeta Ramos, acrescenta que há uma preocupação de todo o setor com o alto índice de milho tiguera nas lavouras em Goiás. “As plantas voluntárias que nascem no campo podem se tornar hospedeiras para a cigarrinha, inseto vetor de patógenos que causam relevantes prejuízos para a atividade. O enfezamento, por exemplo, pode acarretar perda de 70% a 100% na produtividade das lavouras. É por esse motivo que a Agrodefesa e parceiros vão se reunir para alinhar estratégias que possam ser adotadas para, além de orientar o produtor, prevenir possíveis danos à cultura do milho e prejuízos econômicos para o agricultor e para o estado de Goiás”, defende.

Como parte da programação do encontro e para ampliar o debate sobre o tema, a professora, pesquisadora e proprietária da Estação de Pesquisa AgroRatte, Jurema Rattes, será uma das convidadas para ministrar palestra relacionada ao assunto. Ela possui expertise na área de entomologia agrícola com ênfase em bioecologia, focado nas pragas existentes no cerrado e manejo de pragas de grandes culturas, como o milho.

Fonte: Agrodefesa Imprensa