Algodão geneticamente modificado será plantado em Rondônia

“[Ele é] uma boa opção para substituir o algodão convencional, pois esse tipo de cultura tem muitas despesas”,

A Comissão Técnica Nacional de Biossegurança (CTNBio) autorizou os agricultores do estado de Rondônia a plantarem uma variedade de algodão geneticamente modificado. No entanto, isso só ocorreu depois da homologação do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) e de um relatório da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa).

De acordo com Paulo Barroso, pesquisador da Embrapa Territorial e responsável pelo parecer, algumas técnicas como levantamento de campo, entrevistas com agricultores, literatura científica e análises foram utilizadas na elaboração do documento. Ele explicou também que foram visitados 20 dos 52 municípios do estado para conseguir apurar todas as informações necessárias.

Um dos motivos que levava o estado de Rondônia a fazer parte da chamada zona de exclusão dos algodoeiros, onde o cultivo da variedade geneticamente modificada não foi autorizado, era a incerteza da perda da diversidade genética das espécies nativas. No entanto, o levantamento indicou que o Gossypium barbadense, que é a espécie encontrada no local, predomina-se nos quintais das residências e não nas lavouras.

Além disso, o documento afirmou que o fluxo gênico não representa um risco para a permanência dessa espécie no estado. Os dados mostram que, entre 2002 e 2015, nenhum hectare de algodão foi cultivado em Rondônia e em 2016 apenas 350 hectares foram plantados, o que deve mudar com a decisão da CTNBio.

Segundo José Paulo Gonçales, titular da Secretaria de Agricultura de Rondônia e autor do pedido, a decisão irá fortalecer o agronegócio e a economia local, gerando mais emprego e renda. “[Ele é] uma boa opção para substituir o algodão convencional, pois esse tipo de cultura tem muitas despesas”, comenta.

Fonte: Agrolink Por Leonardo Gottems