Análise do Especialista Grão Direto:

UBERABA, MG – 23 de novembro, 2021 – Confira a nova análise do Especialista de Mercado da Grão Direto sobre às cotações da Bolsa de Chicago e os preços praticados no mercado para SOJA, MILHO e SORGO.

SOJA – O MERCADO NA ÚLTIMA SEMANA

Na semana anterior, houve predomínio de alta nas cotações da Bolsa de Chicago, fechando a sexta-feira (19/11) valendo $12,65 dólares por bushel(+1,80%). Os motivos para essa valorização se devem a uma demanda mais forte pela soja americana e o aumento da procura internacional por óleo e farelo do grão, que apesar de não ter ocorrido uma valorização significativa na semana, acumula forte alta no mês.

De acordo com o USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos), a China foi o principal destino da oleaginosa norte-americana. A valorização da sojana Bolsa de Chicago não foi tão elevada por conta da queda semanal do petróleo, que retornou a patamares abaixo dos $ 80,00 dólares por barril.

O dólar também teve uma semana de valorização de +2,70%, sendo cotado a R$ 5,61, no fechamento de sexta-feira (19/11). O mercado ainda continua cauteloso com o cenário fiscal, em meio às negociações da PEC dos Precatórios, e a possibilidade de reajuste salarial para servidores públicos, que agregou às preocupações já existentes. Com a alta do Dólar e da Bolsa de Chicago, os preços de soja disponível e 2022 se valorizaram no Brasil, voltando aos mesmos patamares do mês passado.

Poderá haver uma semana de queda, levando em consideração que as chances de aprovação do reajuste salarial dos servidores são mínimas e, caso seja aprovada,será em um valor que não comprometa as contas públicas. No cenário de Bolsa de Chicago em alta e dólar em queda, há a possibilidade de estabilidade nos preços da soja brasileira.

O QUE ESPERAR DO MERCADO PARA ESSA SEMANA

Para esta semana, o mercado da soja permanece voltado, principalmente, para o plantio e desenvolvimento da cultura no Brasil e na Argentina. Apesar do clima favorável até o momento, alguns mapas climáticos começam a projetar chuvas abaixo da média nos meses seguintes para a região Sul, refletindo na incidência do fenômeno “La Niña”, que poderá causar incertezas na boa produtividade das regiões afetadas.

Além disso,também estarão no radar os movimentos da demanda chinesa no mercado internacional, assim como a reta final dos trabalhos de colheita nos EUA. Caso o consumo continue firme, poderá haver uma continuidade de alta nas cotações da Bolsa de Chicago.

MILHO – O MERCADO NA ÚLTIMA SEMANA

Na semana anterior, as cotações do milho continuaram com seu movimento de queda, porém, em ritmo mais lento. Muitos compradores não só garantiram a demanda desse mês, como até o fim do ano, se mostrando bastante cautelosos já a partir de agora, sem pressa na renovação de seus estoques de milho. Além disso, a medida provisória que zerou PIS/Pasep e Cofins na importação do milho, como medida para enfrentar a baixa oferta do produto no mercado interno, teve sua vigência prorrogada até o final de 2021, o que impulsionou as importações.

Segundo a Secretaria de Comércio Exterior (Secex), na primeira quinzena do mês, o país já importou, 33% a mais do quefoi registrado em novembro de 2020. Falando em mercado externo, a Bolsa de Chicago (CBOT), finalizou a semana com uma queda de -1,20%, encerrando a $5,70 dólares por bushel. Nesse cenário, a exportação continua sendo pouco vantajosa, ofertando mais milho no mercado doméstico.

O QUE ESPERAR DO MERCADO PARA ESSA SEMANA

Para esta semana, as cotações no mercado intern poderão ficar mais estáveis, sinalizando uma possível finalização do seu movimento de queda. O avanço do plantio e estabelecimento da safra verão no Brasil, juntamente com aumentos nas previsões de demanda, são fatores que podem movimentar as cotações.

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Fonte: Grão Direto