Após disparada, mercado da soja em Chicago tem ajuste técnico nesta 6ª feira

A semana foi agitada para o mercado da soja na Bolsa de Chicago e, nesta sexta-feira (3), as cotações passaram a atuar de forma mais técnica e devolvendo parte das fortes altas registradas nas últimas sessões. Por volta de 12h50 (horário de Brasília), os primeiros vencimentos recuavam entre 0,25 e 8,75 pontos, com o julho/16 cotado a US$ 11,35 por bushel. Na máxima do dia, porém, a posição já chegou aos US$ 11,69 por bushel. A exceção ficava pelo novembro/16, referência para a safra dos Estados Unidos, que subia 3 pontos e era negociado a US$ 10,84.

Os preços, como explicam analistas, passam por um ajuste depois da disparada observada ontem, quando subiram mais de 4% na CBOT, elevando o mercado a um novo patamar. A continuidade e resistência dessas altas e quais os novos pontos de suporte e resistência dos valores, portanto, é a nova questão que vem sendo discutida pelos participantes do mercado.

Além disso, essa realização de lucros vem também depois de boas altas que foram ainda registradas na madrugada desta sexta-feira, quando, como explica o analista internacional Bryce Knorr, do portal Farm Futures, os fundos, principalmente da Ásia e da Europa, vieram às compras estimularam mais ainda as cotações.

Por outro lado, os fundamentos, principalmente de oferta, seguem dando suporte aos preços e estimulando a continuidade de seu avanço. O produto disponível segue se tornando cada vez mais escasso, enquanto o consumo cresce e se intensifica.

No boletim semanal de hoje, o USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) informou que, na semana encerrada em 26 de maio, as vendas norte-americanas de soja para exportação foram de 1.046,100 milhão de toneladas, com números ligeiramente acima das expectativas do mercado, que eram de 600 mil a 1 milhão.

Além disso, de acordo com agências internacionais, a previsão de novas chuvas para a Argentina também atuam como fator positivo para as cotações. De acordo com a Bolsa de Grãos de Buenos Aires, algumas províncias produtoras que ainda não tinham sido atingidas por o excesso de umidade começam a sofrer com essas adversidades climáticas e a colheita, portanto, acaba sendo ainda mais comprometida.

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Por: Carla Mendes
Fonte: Notícias Agrícolas