Argentinos querem melhorar agrotóxicos com nanotecnologia

Um grupo de inovadores em tecnologia agrícola desenvolveu uma proposta de nanotecnologia que permitirá aos produtores agrícolas usar menos agrotóxicos sem comprometer a segurança alimentar de seus cultivos, além de reduzir os danos ambientais, afirmou a Secretaria de Ciência, Tecnologia e Inovação Produtiva do Governo da Argentina. O projeto, sediado no campus Miguelete da Universidade Nacional de San Martín (Unsam) e gerenciado pela Nanótica Agro, envolve o uso de nanotecnologia para aplicação de herbicidas, inseticidas, fungicidas e fertilizantes, através do uso de cápsulas que possuem membranas semelhantes às plantas.

Através deste método, doses de agroquímicos podem ser mais efetivamente controladas, diminuindo a quantidade de produto normalmente absorvido ou contaminando o solo. “Vamos fornecer aos produtores uma máquina de nanotização e cápsulas vazias, para que possam nanoencapsular os agroquímicos de sua escolha antes de usar”, disse Julio Laurenza, um dos gerentes de projeto da Nanótica Agro.

“Partículas nanotizadas penetram células vegetais e tecidos de forma mais eficaz do que as partículas tradicionais, devido ao seu tamanho nano, que é da ordem de um milionésimo de milímetro. É por isso que nossa tecnologia aumentará a eficácia dos agrotóxicos, mesmo em doses menores que as recomendadas”, ele acrescentou.

O kit, que ainda está em fase de protótipo, deve entrar no mercado em meados de 2021. “Ao otimizar a eficácia dos agrotóxicos, essa tecnologia reduz os custos, porque diminui as doses necessárias. Assim, se um produtor gastar 30 dólares por hectare, o custo subsequente será cerca de 10 dólares a menos nas mesmas condições”, explicou Matías Badano, outro membro do projeto.

Fonte: Agrolink Por Leonardo Gottems