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Artigo – Terraceamento e controle da erosão hídrica

Maurício Carvalho de Oliveira*

O terraceamento é, sim, importante como prática mecânica de controle da erosão, principalmente quando aliada ao Sistema Plantio Direto. Esta prática, entretanto, tem sido negligenciada por muitos produtores rurais, que geralmente a consideram cara, o que, de certa forma, dificulta o manejo de máquinas na fazenda.

Os produtores têm razão, vez que desejam um plantio e colheita rápidos para se aproveitar as janelas de plantio à frente. Ademais, atualmente o mercado oferece máquinas modernas, que são, no geral, grandes, eficientes e confortáveis. Terraço é uma obra de engenharia, e como tal deve ser construído e, mais relevante ainda, mantido; temos que considerar ainda que o terraço, muito provavelmente, um dia, e esse dia pode ser na próxima chuva, poderá ser rompido, causando todos os estragos consequentes e conhecidos.

Terraços sim, mas infiltração de água entre os terraços é o que realmente importa. É não perder uma gota da chuva que cai no solo. E, para se ter boa infiltração de água no perfil do solo, precisamos, antes de tudo, de solos bem estruturados e cobertos; com um significativo aporte de palha ao longo do ano, e praticar a rotação de cultura, entre outras práticas de manejo que venham contribuir para o aproveitamento total dessa água.

Neste contexto, e dependendo da região, a adoção da integração lavoura com pecuária pode ser uma boa alternativa ao produtor. A integração lavoura e pecuária, em decorrência da sinergia ou complementaridade entre essas formas de uso da terra, permite um maior aporte de palha ao sistema, uma melhor estruturação do solo e a diversificação das fontes de receitas na propriedade.

Retornado aos terraços. Sobra o desafio para os profissionais da engenharia agronômica, comprovar a eficiência e o retorno econômico e ambiental que essa prática proporciona ao produtor rural. Dessa forma, com dados nas mãos, poderemos minimizar essa polêmica: adotar ou não terraços.

*Maurício Carvalho de Oliveira é Engenheiro Agrônomo, Chefe da Divisão de Agricultura Conservacionista do Mapa e Conselheiro da Federação Brasileira de Plantio Direto e Irrigação

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