Sobre a batalha na 324

Vivemos um momento histórico no país e os acontecimentos da última sexta-feira, 23 de março em Passo Fundo tem muito a nos ensinar.

A caravana do condenado no RS, fez despertar no povo gaúcho a ira dos maragatos há muito adormecida. E qual foi o recado? BASTA!
Um sujeito condenado pela justiça, se impõe com seu populismo barato e mesmo ficha suja afronta a constituição e a nossa inteligência, fazendo campanha antecipada e declarada por todo o estado como se fosse um ser superior e inatingível.

Se ninguém com autoridade para tal, toma providencias, o povo toma, e da forma que consegue.
Sim, foi isso que aconteceu. Se todo o poder emana do povo, estamos apenas começando a toma-lo, da forma que conseguimos.
Triste mesmo é ver órgãos de imprensa e profissionais ditos renomados, tratando como se os fatos fossem aleatórios e gratuitos. Não são! A forma “primitiva“ com que a caravana do condenado foi recebida teve origem nas declarações, essas sim primitivas e raivosas, do próprio condenado, quando chamou os produtores gaúchos de caloteiros e disse que tratamos nossos animais melhor do que nossos empregados, absurdo!. Mais que isso, teve origem em tudo que vivemos nos últimos tempos e nos fez chegar no limite da paciência e da passividade. Não há outra forma de mostrar nossa indignação, nossa revolta e nosso cansaço! Não temos quem nos defenda, as leis não são cumpridas e as urnas não são confiáveis. A impunidade impera em todos os cantos, e a forma de dar o nosso BASTA está sendo vista nas ruas. Há sim farto material fotográfico das agressões, especialmente da tropa de jagunços vindos de São Paulo, que a mando do condenado, tentam intimidar e calar quem já não aguenta mais tanta barbárie.

Impedimos sim a caravana do condenado de entrar na cidade de Passo Fundo, usando as mesmas estratégias que seus movimentos sindicais sempre usaram, mas lamentavelmente quando se trata de CUT, MST mesmo que espalhem destruição por onde passam, é tratado como direito de protesto, e agora, quando são ruralistas e cidadãos ofendidos, é chamado de afronta a constituição.
O caso da repórter hostilizada no meio das manifestações em Passo Fundo, só aconteceu pela falta de postura profissional da mesma, que diferente de todos os seus colegas da imprensa que estavam fazendo a cobertura dos fatos, não estava identificada e quando indagada sobre quem era, essa sim agiu de forma hostil e até infantil, demonstrando total falta de preparo para coberturas em ambientes de tensão como era o caso. Aliás postura essa que vem refletindo o “modus operandi” do seu empregador, que sequer mencionou os acontecimentos em seus telejornais, mas que permite que alguns de seus profissionais se posicionem de forma tendenciosa deixando clara sua parcialidade.

Vivemos um momento de inversão total de valores , onde quem trabalha, produz, gera emprego e sustenta o país que dá certo, é tratado como bárbaro primitivo, já baderneiros desocupados pagos para instalar o caos, são tratados como heróis e vítimas.
Temos sim orgulho da nossa façanha na 324 e do objetivo alcançado graças a nossa coragem e nossa organização e demos o recado claro. A partir de agora será assim, e essa é a única maneira viável de começarmos a moralizar esse país.

Fonte: Fabiana Venzon