Atemoia: O cruzamento que deu certo

*Por Gustavo Cesar Dias Silveira

atemoia pertence à família das anonáceas, e é um híbrido interespecífico resultante do cruzamento entre a pinha ou fruta do conde (Annona squamosa L.) e a cherimoia (Annona cherimola Mill.).
Foi introduzida no País em meados da década de 1980, e atualmente é umas das anonáceas mais comercializadas na Companhia de Entrepostos e Armazéns Gerais de São Paulo (Ceagesp), evidenciando uma crescente procura pelos consumidores.
Segundo a CONAB (2017), em consequência disso, nos Estados de São Paulo, Minas Gerais e Paraná, a área plantada e a produção de atemoia têm aumentado de forma relevante nos últimos anos.

Na ponta do lápis

Para a confecção do custo na plena produção, foi necessário simplificar e agrupar os itens dos custos variáveis e fixos, a fim de evitar más interpretações, devido às diferenças no sistema produtivo dos diversos produtores de atemoia.
Alguns itens também foram adotados para a realização do custo em plena produção. Foi considerada uma propriedade com uma média de funcionários por hectare por ano de 0,65, sendo que durante os processos de colheita, classificação e embalamento 60% desses funcionários ficam dedicados à cultura da atemoia, ou seja 0,43 funcionários por hectare por ano. Produção de 120 mil caixas (3,7 kg), aproximadamente 24 toneladas de frutos.

Tabela 2 – Custos em plena produção para pomar mecanizado de atemoia.
Gasto Valor (R$)/ha
Mão de obra extra (poda, desbrota, colheita e ensacamento) 4.071,36
Correção do solo e adubação 2.698,33
Mão de obra fixa 20.000
Defensivos 4.554,78
Custo packing (classificação e embalagens) 18.159,74
Custo de frete e combustível 5.936,67
Custo proteção do cultivo (malha e ensacamento) 2.240,96
Custos administrativos 2.842,27
Infraestrutura e depreciação 6.475,98
Total 66.980,09
Custo por quilo de fruta produzido 2,8

Em vista do levantado, conclui-se que o custo para implantação e manutenção no primeiro ano de um hectare de atemoia fica em R$ 26.218, e a manutenção no segundo ano tem um custo de R$ 5.739. Já na plena produção o custo é de R$ 66.980,09.

*Gustavo Cesar Dias Silveira – Engenheiro agrônomo, mestre e doutorando em Fitotecnia – Universidade Federal de Lavras (UFLA) – [email protected]
Pedro Maranha Peche – Engenheiro agrônomo, mestre, doutor e pós-doutorando em Fitotecnia – Universidade Federal de Lavras (UFLA)
[email protected]