Aumento na exportação de frutas estimula produtores a buscar soluções para maior tempo de prateleira

O Brasil fechou o ano de 2023 com um recorde de exportação de frutas. De acordo com a Associação Brasileira dos Produtores e Exportadores de Frutas e Derivados (Abrafrutas), houve um aumento de 26,7% na arrecadação em relação a 2022, com mais de 1,085 milhão de toneladas exportadas. 

O crescimento se deve, dentre outros fatores, à maior adesão de países árabes às exportações brasileiras. Segundo o Departamento de Inteligência de Mercado da Câmara de Comércio Árabe Brasileira, o volume de frutas exportadas aos países árabes registrou aumento de 95,3% no último ano. Ainda assim, a importação brasileira de frutas congeladas e cítricas desses mesmos países constituiu um déficit de US$ 11,1 milhões na balança do setor.

“Nosso país é rico em culturas, em todos os sentidos. E este é o momento de incentivarmos o aumento da produção e, mais do que isso, a durabilidade dos nossos produtos. Com variedades que necessitam de clima tropical ou quente para amadurecimento, é imprescindível que produtores invistam em fertilizantes à base de óxidos nos cultivos para ampliar o tempo de prateleira destes alimentos”, orienta Maurício Casagrande, engenheiro agrônomo da Agrolitá Fertilizantes, divisão especializada em hortifruti da Caltec Química Industrial.

Pensando nisso, a Agrolitá aposta no desenvolvimento de produtos que disponibilizam cálcio de alta concentração e reatividade. O nutriente estimula a germinação e promove melhor qualidade aos produtos, o que reduz o desperdício desde os processos de cultivo até a comercialização. Essa tecnologia permite um melhor aproveitamento das frutas e verduras, tanto na lucratividade dos produtores quanto na duração desses produtos nas prateleiras.

Com o sucesso das exportações no último ano, a União Europeia, o Reino Unido e os Estados Unidos permanecem entre os principais compradores das frutas produzidas em solo brasileiro. Nos próximos anos, o objetivo é expandir o mercado para o continente asiático, em especial a Índia, China, Arábia Saudita, o Egito e os Emirados Árabes Unidos – membros da nova formação do BRICS.

Desde 2009, as exportações de commodities lideram o quadro brasileiro e, em 2023, a participação chegou a 69%. A balança comercial brasileira fechou o ano com um superávit recorde de US$ 98,8 bilhões, conforme aponta o Instituto Brasileiro de Economia (Ibre), da Fundação Getúlio Vargas (FGV).

Fonte: EGOM PR AGENCY