Avicultura e suinocultura – produção brasileira e perspectivas de desempenho

Pintos de corte: volume produzido caiu mais de 2% em 2018

Os dados finais da APINCO relativos a 2018 apontam que a produção de pintos de corte do exercício passado atingiu a marca dos 6,072 bilhões de cabeça, retrocedendo 2,25% frente aos (quase) 6,212 bilhões de cabeças de 2017. O maior recuo foi registrado no primeiro semestre do ano, ocasião em que o total produzido ficou 4,19% aquém do registrado em idêntico período do ano anterior. Pesou, nessa redução, o baixo número de pintos de corte produzidos em maio – cerca de 462,8 milhões de cabeças, pela média diária o menor volume mensal em, praticamente, 10 anos.

Tal redução deveu-se a um esforço do setor por readequar a produção após enfrentar problemas com a exportação de carne de frango e se deparar com um baixo consumo interno. Mas o resultado do mês foi influenciado também, embora parcialmente, pela greve dos caminhoneiros.

De toda forma, os efeitos da greve não cessaram em maio, estenderam-se aos meses seguintes. Assim, mesmo tendo se recuperado em relação ao primeiro semestre (aumento de pouco mais de 4%), o volume da segunda metade do ano permaneceu aquém do registrado em idêntico período de 2017, apresentando redução de 0,32%.

A registrar que, em pelo menos um aspecto, a evolução dos volumes produzidos mensalmente teve a mesma composição do ano anterior. Ou seja: os máximos ocorridos nos dois exercícios foram registrados em janeiro e em dezembro, respectivamente. Aparentemente, a praxe de produzir-se em outubro o maior número de pintos de corte de cada exercício ficou para trás.

Pintos de corte em 2018: segundo menor nível da década

Além de ter recuado 2,25% sobre o ano anterior, a produção brasileira de pintos de corte levantada pela APINCO em 2018 correspondeu ao menor volume do quadriênio 2015/2018, ficando mais de 6,5% aquém do recorde registrado três anos antes – 6,5 bilhões de cabeças em 2015.

Mas não só isso: considerados os volumes anuais da presente década (2011/2018), a do ano que passou somente superou – mesmo assim por pequena margem, apenas 1% – os 6 bilhões de cabeças de 2012. Correspondeu, assim, ao segundo menor volume da presente década, apresentando evolução de somente 1,23% sobre o último ano da década passada (5,998 bilhões de cabeças em 2010).

Porém, tão baixo nível de expansão não significa que a produção de carne de frango daí decorrente tenha aumentado apenas 1,23%: a produtividade das linhagens em criação é continuamente crescente. E dados do IBGE comprovam isso. Em 2018, considerados os primeiros nove meses do ano, os frangos abatidos em estabelecimentos sob inspeção pesaram, em média, 2,377 kg, resultado que significou aumento de 10,95% sobre os 2,143 kg registrados no mesmo período de 2010.

Feita uma conta grosseira (para efeitos demonstrativos, descontando-se apenas a mortalidade – de 4%, mas que vem caindo significativamente de ano para ano), constata-se que a produção de carne de frango de 2010 (5,758 bilhões de cabeças abatidas x 2,143 kg), da ordem de 12,339 milhões de toneladas, chegou em 2018 (5,829 bilhões de cabeças abatidas x 2,377kg) aos 13,857 milhões de toneladas. Um aumento, portanto, de 12,31%.

Fonte: Avisite

Carne suína fecha dezembro com 41,7 mil toneladas embarcadas

As exportações de carne suína in natura fecharam o mês de janeiro com a 41,7 mil toneladas embarcadas, movimentando US$ 84 milhões. Com 22 dias úteis à média diária ficou em 1,9 mil toneladas, uma queda de 20,4% em relação ao mês de dezembro. Já em relação com janeiro de 2018 a queda foi menor, ficando em 7,9%.

Já o valor pago por tonelada foi maior referente a dezembro, foram pagos US$ 2006,7 por tonelada em janeiro ante US$ 1983,90 no mês anterior, uma ligeira valorização de 1,2% no valor. Já em relação ao mesmo período de 2018 houve desvalorização foi maior, chegando a 6,7%, visto que o preço pago naquele período era US$ 2320,20.

Resultados gerais da balança comercial

No mês, a exportação alcançou cifra de US$ 18,579 bilhões. Sobre janeiro de 2018, as exportações registraram crescimento de 9,1%, e retração de 13,6% em relação a dezembro de 2018, pela média diária. As importações totalizaram US$ 16,387 bilhões. Sobre igual período do ano anterior, as importações apresentaram aumento de 15,4%, e de 15,3% sobre dezembro de 2018, pela média diária.

No período, a corrente de comércio alcançou valor de US$ 34,965 bilhões. Sobre igual período do ano anterior registrou crescimento de 12,0%, pela média diária. O saldo comercial do mês apresentou superávit de US$ 2,192 bilhões, valor 22,4% inferior ao alcançado em igual período de 2018, US$ 2,824 bilhões.

Fonte: Suinocultura Industrial