Baixa do rio Paraná deve prejudicar movimentação nos portos, diz Bolsa de Rosário

O transporte de cargas no Rio Paraná não deve aumentar no curto prazo e o nível do rio deve continuar baixo pelo terceiro ano seguido

O transporte de cargas no Rio Paraná não deve aumentar no curto prazo, e o nível do rio deve continuar baixo pelo terceiro ano consecutivo. Segundo relatório de transporte da Bolsa de Comércio de Rosário (BCR), isso deve complicar os trabalhos nos portos em plena temporada de colheita 2021/22.

A previsão do Instituto Nacional de Águas para os próximos meses não é animadora, esperando manter as águas baixas pelo menos durante o verão. Segundo suas estimativas, a altura do rio Paraná oscilaria entre 20 e 40 centímetros até a primeira semana de março, em uma tendência clara entre estável e decrescente”, afirma a BCR em relatório.

Para o transporte marítimo, a BCR indica que é imprescindível que as companhias marítimas e os portos sejam descongestionados para melhorar sua produtividade, enquanto a situação do frete se estenderá até o primeiro trimestre deste novo ano.

Nos primeiros meses de 2022, está prevista a entrada em operação da Entidade Hidroviária Nacional, atualmente designada a Ariel Sujarchuk, que aguarda o processo de dragagem e demarcação da hidrovia Paraná-Paraguai.

Em relação ao transporte terrestre, projeta-se que o transporte ferroviário de mercadorias aumente nos próximos meses, junto com o transporte automotivo de carga de grãos, que agregará um maior número de veículos rodoviários.

Desta forma, estima-se que durante o ano de 2022 o número de caminhões descarregados nos terminais portuários da Grande Rosário seria próximo a 2 milhões de unidades, enquanto o número de vagões poderia ser em torno de 220.000 a 230.000, aproximadamente.

Fonte: Agência Safras