Biofertilizante para a cultura do café apresenta melhora significativa na qualidade do grão e 23% a mais de ganho em produtividade, segundo pesquisas

Cinco anos de pesquisa e investimentos de mais de R$ 6 milhões. Esses foram os números apresentados pela ICL no desenvolvimento do Keep Green, lançado há um ano e primeiro produto registrado como biofertilizante da companhia, líder global que utiliza seus recursos exclusivos e capacidade tecnológica para desenvolver soluções impactantes em nutrição e fisiologia de plantas. A solução traz proteção contra excesso de radiação solar às folhas do cafeeiro, amenizando os efeitos do clima sobre a planta, contribuindo para o aumento de produtividade – média de 8,4 sacas a mais por hectare nas 103 áreas colhidas neste um ano, de acordo com pesquisas – e qualidade do café arábica, que, de um tipo comum, pode passar à categoria especial.

“O café é uma planta com origem genética de temperaturas amenas e com pouca radiação solar, então sofre muito com os efeitos instáveis do clima, como o El Niño, perdendo sua qualidade e potencial produtivo”, afirma José Marcos Leite, gerente de Desenvolvimento de Mercado Café ICL. De acordo com o engenheiro agrônomo, Keep Green é uma solução disruptiva no mercado, pois, além de ter substância com compostos naturais, sendo, portanto, um biofertilizante, ele interfere direto na fisiologia da planta, amenizando esse excesso de temperatura e de radiação. “O efeito biológico reflete em produtividade, comprovada por pesquisas conduzidas em parceria com fisiologistas renomados, como os pesquisadores Professor José Donizeti, da UFLA, Paulo Mazzafera, da Esalq, e André Reis, da Unesp, nas principais regiões produtoras de café”, destaca Leite.

Qualidade de café especial observada

Após um ano de seu lançamento no mercado, Keep Green, desenvolvido no Centro de Inovação da empresa, em Iracemápolis (SP), registrou-se ganho médio de 23% a mais em produtividade. Além disso, o impacto na qualidade vem também sendo observado em campo. Por agir em diversas formas na fisiologia e no metabolismo da planta, melhorando a eficiência metabólica do vegetal, o biofertilizante atua na regulação da abertura dos estômatos, aumenta a concentração de clorofila e a taxa fotossintética diária, além de diminuir o estresse oxidativo causado pelo excesso de radiação solar nas folhas e frutos. “O café é uma combinação de intensidade, sabor e aroma, podendo gerar centenas de tipos de bebidas diferentes. Se eu tenho uma planta com menor estresse foto-oxidativo, a complexidade fica mais intensa, ou seja, o grão consegue produzir mais açúcares e mais fenótipos complexos, elevando a qualidade da bebida”, detalha.

Leite afirma que, no caso do arábica, observou-se que o café pode inclusive sair de uma categoria comum para especial. Ele explica que, tomando como referência a classificação americana SCAA (Special Coffee Association of America), que se baseia em diversos critérios, como sabor, aroma, torra, intensidade, entre outros, para se chegar em uma pontuação, foi possível observar esse aumento na qualidade. “Percebemos que, nas amostras de café com Kepp Green submetidas à prova sensorial por Q-graders, o café arábica saiu de 80 pontos para mais de 90 pontos – diferentemente das amostras testemunhas (sem Keeps Green) da mesma lavoura –, sendo considerada bebida especial a pontuação acima de 84. Com o Keep Green, portanto, estamos levando aos cafeicultores uma tecnologia inovadora, disruptiva e de alta rentabilidade, comprovada por pesquisas e dados concretos observados”, relata.

Linhas de atuação

A recomendação é que Keep Green seja aplicado via foliar nas lavouras novas de café, após o transplantio, na dose de 2% da calda, com repetição após 60 dias. Nas lavouras adultas a aplicação deve ser de 7,5L/ha, entre setembro e outubro. Em relação aos principais produtos disponíveis no mercado e aplicados no mesmo momento que Keep Green, a compatibilidade foi de 100%. O manejo nutricional do cafeeiro para altas produtividades inclui o planejamento técnico com foco no equilíbrio químico, físico e biológico do solo, adequado para cada tipo de lavoura.

A ICL está presente nas principais cooperativas de café do Brasil, como Cooxupé, Coopercitrus, Coocafé, Coopercam, Nater Coop, além da revenda Cimoagro.

Centro de Inovação e investimentos

A ICL conduz inúmeros ensaios em seus centros de inovação em Iracemápolis (SP) e Cruz Alta (RS), credenciados pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) como instituições de pesquisa do País. O credenciamento permite o uso dos resultados das pesquisas geradas no centro de inovação para o registro de novos produtos. De acordo com a lista de instituições privadas de pesquisa do MAPA, a empresa é a única que atua exclusivamente na área de Nutrição e Fisiologia de Plantas a possuir um centro de pesquisa credenciado.

Fonte: Cláudia Rodrigues Santos Nunes