Carne de frango ganha espaço com coronavírus

A carne de frango ganhou espaço no mercado interno brasileiro por conta da crise do novo coronavírus diante da maior competitividade em relação às outras carnes, segundo análise do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea). De acordo com o portal especializado da CarneTec Brasil,  as fortes exportações de carnes bovina e suína tendem a impedir um cenário crítico para esses segmentos.

“A elevada competitividade da proteína de frango frente às principais carnes concorrentes, bovina e suína, pode elevar os preços dos produtos de origem avícola num primeiro momento; mas os efeitos das suspensões das aulas (que reduzem a procura para merendas escolares) e da queda na demanda no mercado de food service podem exercer pressão sobre as cotações domésticas”, disse o Cepea em nota.

O Cepea indicou que o mercado doméstico representa 75% das vendas de carne bovina brasileira, mas exportações firmes e oferta de animais restrita para a abate devem impedir quedas significativas de preços na cadeia. Nesse cenário, o maior desafio deve ser enfrentado por pequenos e médios frigoríficos que atendem o pequeno e o médio varejo.

“Já há relatos de devolução de mercadorias e não permissão de entrega para restaurantes e bares. Muitos destes estabelecimentos são abastecidos por pequenos e médios frigoríficos”, disse o Cepea.

Em meio à pandemia da Covid-19, doença do coronavírus, apenas no segmento de carne de frango, os chineses demandaram 55% a mais do que nos primeiros três meses de 2019.Entre janeiro e o fim de março do ano passado, o País vendeu US$ 222 milhões em carne de frango para a China.

Fonte: Agrolink Por Leonardo Gottems

Crédito: DP Pixabay