CEO do Grupo BBF participa de evento ESG em Santos e defende o plantio da palma de óleo na região amazônica

O CEO do Grupo BBF (Brasil BioFuels), Milton Steagall, participou nesta terça-feira (19) do evento Agenda ESG 2023, promovido pelo Grupo Tribuna, em Santos (SP). Steagall foi um dos palestrantes do painel “Combustíveis verdes e seu impacto na cadeia produtiva das empresas”. Ele defendeu o cultivo sustentável da palma de óleo na região amazônica para recuperar áreas degradadas, oferecer biocombustível e energia limpa para descarbonizar a Amazônia e gerar emprego e renda para a população local.

Durante o painel, que contou com a participação de Gesner Oliveira, sócio da GO Associados, Artur Villela, da Global Forest Bond, Ricardo Esturaro, escritor, e Béatrice de Toledo Dupuy, da Santos Brasil, Steagall falou do potencial brasileiro para produção de óleo de palma, o óleo vegetal mais consumido no Mundo.

Segundo o executivo, o Brasil tem menos de 2% do mercado mundial de palma, cultivando a planta em uma área inferior a 300 mil de hectares. O país, porém, tem a oportunidade de se destacar neste setor, já que 31 milhões de hectares podem ser cultivados no Brasil com a cultura, segundo uma das legislações mais rígidas do mundo, o Zoneamento Agroecológico da Palma de Óleo (Decreto 7.172 do Governo Federal, de 7 de maio de 2010).

“O Brasil construiu um arcabouço jurídico muito robusto para desenvolver a cultura da palma, que resultou no Zoneamento Agroecológico da Palma em 2010. Essa legislação permite que a palma de óleo seja cultivada apenas em áreas antropizadas da Amazônia até dezembro de 2007, o que significa 31 milhões de hectares. Se essa área fosse realmente cultivada com palma de óleo teríamos um novo “pré-sal verde” no país”, afirmou Steagall, que ressaltou que a empresa cultiva 75 mil hectares de palma de óleo nos estados do Pará e Roraima.

Por conta de suas características, o cultivo da palma de óleo não pode ser mecanizado, o que resulta em uma grande geração de emprego. O Grupo BBF emprega cerca de 7 mil pessoas diretamente e gera outros 21 mil empregos indiretos, o que o torna uma das empresas que mais empregam no Norte do país.

Durante a sua participação, Steagall comentou ainda sobre os investimentos do Grupo BBF em uma biorrefinaria para produção de Combustível Sustentável de Aviação (SAF) e Diesel Verde. Até 2026, o Grupo BBF deve iniciar o fornecimento de SAF e Diesel Verde para a Vibra Energia (antiga BR Distribuidora) – em contrato de offtaker. A matéria-prima para os biocombustíveis avançados será o óleo de palma cultivado pelo Grupo BBF na região Amazônica. Já o refino será feito na primeira biorrefinaria do País a produzir os inéditos biocombustíveis em escala industrial, prevista para ser inaugurada pelo Grupo BBF no início de 2026. Devem ser investidos mais de R$ 2,2 bilhões na nova planta, que terá a capacidade de produzir cerca de 500 milhões de litros anualmente dos inéditos biocombustíveis SAF e Diesel Verde.

Fonte: Fernanda Domiciano