Citricultura brasileira: setor contribui para o aumento da geração de empregos

orange garden

No Brasil, a história da citricultura encontra-se diretamente ligada à própria formação do território enquanto nação. De fato, logo após o início das colonizações no território brasileiro, por volta de 1530, os portugueses já haviam introduzido as primeiras sementes de laranja doce em estados como São Paulo e Bahia. 

As condições ecológicas favoráveis permitiram que as plantas prosperassem, produzindo frutas de excelente qualidade. No entanto, foi somente a partir de 1930 que a citricultura ganhou força comercial nos estados de São Paulo, Rio de Janeiro e Bahia, expandindo-se posteriormente por todo o território nacional.  

A citricultura não se limita apenas à produção de laranjas, mas abrange também a tangerina, a lima ácida e o limão. Constitui-se, portanto, como uma das principais atividades agrícolas executadas na escala mundial. Esse movimento ocorre muito em detrimento do fato de que o consumo dessas frutas é substancial em várias nações, sem distinção de classe social entre os consumidores.

No território brasileiro há cerca de 1,44 milhão de estabelecimentos rurais que se encaixam na citricultura, produzindo laranja, limão e tangerina. No que se refere a área plantada, esta possui 2,9 milhões de hectares, resultando em uma produção anual de 14,9 milhões de toneladas. 

Por essa razão, a citricultura brasileira ocupa o lugar de líder mundial, destacado especialmente pelo desenvolvimento socioeconômico atrelado a esse setor. Em suma, a citricultura contribuiu diretamente para a balança comercial nacional, desempenhando um papel crucial na geração de empregos diretos e indiretos na área rural.

A produção da citricultura destaca-se como um dos principais impulsionadores de oportunidades de trabalho no setor agrícola nacional, especialmente no último ano. No ano de 2023, o setor alcançou um incremento de cerca de 8% na geração de empregos. 

De fato, conforme os dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), compilados pela Associação Nacional dos Exportadores de Sucos Cítricos (CitrusBR), o setor proporcionou uma abertura de 54.232 novos postos de trabalho. Isso marcou uma ascensão significativa em relação aos 50.178 empregos gerados em 2022. 

Por conseguinte, estes dados assumem uma relevância ainda maior quando se percebe que a citricultura foi responsável por 35% do total de 154.462 admissões ocorridas nos serviços de apoio à agricultura no Brasil. Em síntese, tal categoria abrange uma variedade de atividades, desde o preparo do solo até a colheita, pulverização, controle de pragas, poda, plantio e outras operações. 

É importante ressaltar que a geração de empregos na citricultura também beneficia profissionais graduados em engenharia agronômica. A atuação desses especialistas é fundamental para o aumento da produtividade e a melhora da qualidade dos pomares de citros, por meio de práticas agronômicas avançadas, como o manejo integrado de pragas e doenças, a otimização dos recursos hídricos e a implementação de técnicas de cultivo sustentável.

O cinturão citrícola, que engloba os estados de São Paulo e Minas Gerais, liderou o aumento de empregos no setor em 2023, contribuindo com 87% do total. Conforme os dados divulgados, São Paulo registrou a criação de 41.357 novos empregos, representando um incremento de 6,35%, enquanto Minas Gerais apresentou um crescimento expressivo de 41%, totalizando 5.685 vagas.

No fim, a citricultura brasileira não apenas desempenha um papel fundamental na economia nacional, mas também representa uma fonte significativa de empregos, especialmente em relação ao ano passado. Ao que tudo indica, o setor possui potencial de continuar impulsionando o desenvolvimento socioeconômico brasileiro. 

Fonte: Gabriela Araujo