Com ATeG do Senar Goiás, Sojicultor inova uso de pó de rocha na produção de feno

A nova forma de adubação trouxe  economia, um produto de mais  qualidade e sabor para os animais

Quando pensamos em feno, vem à cabeça os cenários de filmes de faroeste ou fazendas americanas. Apesar  de não ser muito comum ver a produção desse tipo de alimentação, especialmente para cavalos,  ela existe aqui em Goiás. Foi em Minas Gerais que o produtor rural Kleber França conheceu a técnica de  cultivo e resolveu levar para a propriedade dele e da esposa, Valéria Rios. A Fazenda Sabiá fica no município de Silvânia.

“Eu acredito na diversificação de culturas porque o mercado é cíclico e não podemos apostar todas as nossas fichas num único cultivo. Então há quatro anos, eu que sempre gostei muito de cavalos e claro da cultura  do feno, consegui implantá-lo aqui na fazenda. Hoje a propriedade tem sete hectares para a produção de feno e 36 são para o plantio da soja”.

O feno é feito de gramíneas, usadas como forragem, mediante a desidratação: a retirada da água, mas mantendo o valor nutritivo. Além disso, permite a  armazenagem por muito tempo sem  estragar estando  longe da luz e da umidade. Na Fazenda Sabiá, o Kleber usa a  Tifton 85, uma gramínea americana desenvolvida há 50 anos. Ela tem não um manejo muito simples, mas apresenta  proteína de qualidade e boa aceitação no mercado. No entanto, a produção de feno exige muita habilidade, principalmente se for um plantio em que a colheita é feita no verão.

“No meu caso faço cerca de quatro cortes.  Todo o processo é feito com máquinas acopladas ao trator. Depois do corte é preciso um intervalo entre 60 e 70 horas para o enfardamento. Nesse período  a grama cortada fica exposta e ela é revirada com a máquina para tirar a umidade. Só que se chover, perdemos todo o trabalho  e tudo precisa ser retirado do campo de produção. Por isso o ideal é fazer o cultivo irrigado, para não ter esses problemas”, conta.

Atualmente Kleber vende a produção para o consumidor final, haras e lojas de revenda. Com a ajuda do Senar Goiás, as próximas remessas deverão ser ainda de mais qualidade. O produtor e a família já eram acompanhados pela Assistência Técnica e Gerencial do Senar Goiás  (ATeG) na área de grãos, por causa da soja. O técnico de campo Augusto Batista fez um trabalho principalmente de redução  de custos com o uso de pó de rocha na lavoura de soja, diminuindo assim os gastos com adubo químico e aumentando a produtividade. Também foi ele que  sugeriu ao produtor para estender o tratamento do solo para o campo de feno.

“Na adubação  convencional,  o gasto era de aproximadamente 200 quilos de adubo químico, com um custo chegando a R$1200,00 o hectare. Multiplicando esse valor pelos sete hectares de feno, teríamos uma despesa de R$ 8.400,00. Já na  adubação com pó de rocha foram usadas quatro toneladas com preço de R$45,00 cada. Somadas ao  frete, o custo ficou 400 reais por hectare. Assim o gasto com adubo químico diminuiu  para 80 quilos  por hectare. O resultado foi a redução do custo total de adubação de R$1.200, 00 para R$800,00, gerando uma economia de R$ 400,00 reais por hectare, além uma forragem  mais volumosa e com sanidade superior as passadas”, detalha  Augusto.

Na prática isso significa na colheita atual,  folhas mais largas e saborosas. “Os  cavalos da fazenda testam  o feno antes de ser vendido. Eu  observei que além de melhor qualidade, o alimento foi muito melhor aceito pelos animais. Isso sem falar na redução de custo”, reforça Kleber.

Com o resultado positivo, o produtor  pretende expandir o cultivo para o período da seca. Ele é administrador de empresas por formação, mas viu um grande diferencial na propriedade ao receber as orientações da ATeG do Senar Goiás.

“O Senar Goiás é fundamental para termos a real noção de controle de custo de produção, lucro, investimento em maquinário e depreciação. O Senar,  através do técnico de campo, insere as famílias no trabalho da propriedade. Aqui em casa, por exemplo, minha esposa Valéria, cuida da parte administrativa e eu vou acompanhar o operacional. É um trabalho em conjunto. Todos participam e graças ao Senar sabemos a realidade dos ganhos e nos permite inovar com um bom desempenho, como é o nosso caso com a produção de feno”, finaliza Kleber.

Fonte: Comunicação Sistema Faeg/Senar