Com Chicago volátil e dólar em alta no Brasil, soja futura tem R$ 85 nos portos nesta 5ª feira

Os futuros da soja seguem recuando na Bolsa de Chicago no início da tarde desta quinta-feira (7). Perto de 12h40 (horário de Brasília), as baixas ainda eram intensas e superavam os 20 pontos nos contratos mais negociados, com o novembro/16, referência para a nova safra americana, sendo cotado a US$ 10,49 por bushel.

Mais cedo, confirmando uma volatilidade muito intensa na CBOT, as cotações chegaram a testar o lado positivo da tabela, com algumas pequenas altas, porém, logo voltaram a cair, ainda pressionadas pelo favorável cenário climático norte-americano. Durante os negócios da madrugada, o contrato agosto chegou a subir mais de 20 pontos em Chicago, em um movimento de correção técnica depois das baixas fortes dos últimos dias, as quais tiraram cerca de 100 pontos da oleaginosa.

Com o mercado internacional volátil e o dólar subindo frente ao real nesta quinta-feira, os preços da soja formados nos portos do Brasil sentem uma pressão menor nos negócios de hoje. Para o produto disponível, a referência em Rio Grande era de R$ 88,00 por saca e em Paranaguá, R$ 89,50, ambos recuando 0,56%. Já para a oleaginosa da nova safra, R$ 85,00 nos dois terminais, mas o do Paraná registrando um ganho de 2,41%.

Com uma aversão ao risco ainda permeando os mercados internacionais, o dólar sobe não só no Brasil, mas no exterior também, segundo explicam analistas de mercado. “Houve uma piora relevante nos mercados lá de fora e o clima aqui ainda é moderado, de prudência”, disse o operador da corretora Intercam Glauber Romano à agência de notícias Reuters.

Assim, por volta de 13h (Brasília), a moeda norte-americana era cotada a R$ 3,35, com alta de 0,40%. Mais cedo, a divisa até chegou a testar algumas baixas, mas ganhou força e voltou a atuar com alguns ganhos. Além do quadro externo, os negócios refletem ainda mais uma atuação do Banco Central brasileiro que, pela quinta sessão consecutiva, vendeu 10 mil swaps reversos.

Por: Carla Mendes
Fonte: Notícias Agrícolas