Última pesquisa do DIEESE mostrou a diminuição nos preços do café nas principais capitais. Enquanto a perspectiva é o aumento da exportação
O café é uma paixão nacional e uma bebida presente em grande parte das mesas dos brasileiros. E, quem gosta do cafezinho, tem muitos motivos para comemorar no Dia do Café, nesta sexta-feira (14). Isso porque a última pesquisa realizada pelo DIEESE (Departamento Intersindical Estatística e Estudos Socioeconômicos), em março de 2023, revelou uma retração no preço médio do café em pó em 16 capitais do Brasil.
O estudo revelou que a única capital que registrou aumento foi Natal (0,20%), enquanto destacou cidades como Vitória (-4,32%), Brasília (-3,01%), Florianópolis (-2,79%) e Porto Alegre (-2,71%), que registraram expressiva queda no valor do produto. Mas claro que a situação ainda não está tão agradável em todos os lugares, principalmente devido ao aumento dos últimos anos. Em 12 meses, o valor médio acumulado do produto, teve aumento em 10 capitais, com Belém apresentando a maior variação, de 9,76%. Por outro lado, Brasília (-17,84%) e Vitória (-12,87%) tiveram reduções significativas nos preços do café.
Para Fábio Pizzamiglio, diretor da Efficienza, empresa especializada no comércio exterior, essa queda nos preços pode ser atribuída à diminuição das cotações externas. “Um dos motivos para essa diminuição nos preços está na desaceleração da inflação. Esse movimento afeta toda a cadeia produtiva e auxilia na compra do consumidor final. Isso também pode ser explicado pelo mercado externo, principalmente quando temos a diminuição de valores de insumos necessários para a produção dos grãos”, afirmou Fábio Pizzamiglio.
Mas o cenário internacional está com sede por café brasileiro. O Brasil é o maior produtor da commodity, e poderá ver o produto ganhando ainda mais espaço no mundo. De acordo com a consultoria Safras & Mercado, a safra brasileira de café para o período 2023/24 tem projeção de alcançar 66,65 milhões de sacas de 60 quilos, representando um aumento expressivo de 13% em relação à temporada anterior.
“O café brasileiro é um produto desejado em todo o mundo e a expectativa para os próximos dois anos é positiva. Acredito que com o fechamento de mais acordos e com a ampliação do mercado, poderemos ver o café brasileiro presente em ainda mais lugares do mundo”, explicou Pizzamiglio.
O executivo ainda explica que as variações na oferta e demanda interna e externa podem influenciar diretamente nos preços do café que consumimos, impactando nosso bolso. Portanto, é importante estar atento a essas dinâmicas do mercado para entender como o comércio exterior pode afetar o valor do café que apreciamos diariamente.
Fonte: Yuri Ferraz Lima
