Comitiva das cadeias produtivas do algodão de países da África e América do Sul visita a Embrapa

O Núcleo Regional da Embrapa Algodão em Goiás recebeu, no dia 30 de agosto, na Fazenda Capivara, em Santo Antônio de Goiás, 25 representantes vindos da Colômbia, entre membros do Ministério da Agricultura e representantes da cultura do algodoeiro daquele país. A visita integra o projeto “Apoio ao fortalecimento do setor algodoeiro da Colômbia”, conduzido pela Agência Brasileira de Cooperação (ABC), do Ministério das Relações Exteriores, pela Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO) e o Governo colombiano. Além dos sul americanos, foram convidados a integrar a delegação oito pesquisadores do Mali e de Moçambique, que estiveram no 12º Congresso Brasileiro do Algodão, realizado em Goiânia, entre os dias 27 e 29 de agosto.

Os integrantes africanos nesta comitiva fazem parte do “Programa Promoção do Trabalho Decente em Países Produtores de Algodão na África e na América Latina”, que, segundo o representante da ABC e assistente da Cooperação Sul-Sul, da Organização Internacional do Trabalho (OIT), João Luiz Soares, envolve Tanzânia, Paraguai e Peru, além do Mali e Moçambique. Esta ação da OIT visa a contribuir, no âmbito social, com as comunidades produtoras de algodão em nações africanas e sul americanas, por meio da sistematização e compartilhamento de experiências brasileiras e posterior adaptação nestes países.

Os visitantes foram recebidos pelo chefe-Geral da Embrapa Arroz e Feijão, Alcido Elenor Wander, pelo chefe de Transferência de Tecnologia da Embrapa Algodão, João Henrique Zonta, e por pesquisadores do Núcleo Regional do Algodão. Na abertura, o chefe do centro de pesquisa apresentou a Embrapa aos presentes, com exposição de números e projetos de trabalho da Empresa, locais no planeta onde atua, explicando, também, a presença dos núcleos de outras Unidades dentro da Embrapa Arroz e Feijão. “As equipes da Embrapa vão aonde se faz necessário colaborar com a cultura com a qual trabalha, por isso estamos aqui falando de algodão, porque os pesquisadores da Embrapa Algodão vieram promover o crescimento desta cultura no Cerrado”, disse Alcido Wander.

A representante do Ministério da Agricultura e chefe da delegação, Ruth Ybarrio, falou em seguida, agradecendo pela receptividade e pelos trabalhos conduzidos pela ABC em favor da agricultura de seu país. “Esse projeto colabora na troca de experiências e permite incrementar nossas atividades, melhorando os cultivos, a produção e a qualidade do que produzimos”, disse ela.

Após as apresentações de boas-vindas, os pesquisadores da Embrapa Algodão, Camillo Morello e Alexandre Barcellos, fizeram palestra tratando de temas ligados à cultura do algodoeiro. Morello falou acerca do desenvolvimento de variedades, características de ambiente, solo, clima, pragas, doenças e sobre linhas de trabalho em manejo de sistemas de produção no Cerrado. Barcellos, abordou o sistema plantio direto, tratos culturais do algodoeiro, nutrição e adubação.

À tarde, toda a comitiva se dirigiu à Associação Goiana dos Produtores de Algodão (Agopa). Eles foram recebidos na Casa do Algodão, pelo diretor executivo da instituição, Dulcimar Pessatto Filho para uma palestra acerca do trabalho de análise laboratorial do algodão realizado pela associação. A palestra ficou a cargo do gerente do Laboratório de Classificação Visual e Tecnológica da Fibra de Algodão da Agopa, Rhudson Assolari, que falou sobre os parâmetros das principais características intrínsecas à fibra e guiou os visitantes pelo laboratório.

Fonte: Embrapa Arroz e Feijão Por Henrique de Oliveira