Criadores da raça Wagyu querem ampliar fatia de mercado no RS

Evento que será realizado na Expointer pretende promover e divulgar uma das carnes mais saborosas e caras do mundo

Impulsionado pelo crescente mercado de carnes gourmet, a raça bovina Wagyu, considerada a carne mais saborosa do mundo e também a mais cara, é uma das atrações da 41ª Expointer, que acontece no Parque de Exposições Assis Brasil, em Esteio (RS). Além de levar para a feira os melhores exemplares da raça, os criadores de Wagyu do Rio Grande do Sul irão promover um evento para divulgar e promover a raça, que acontece no dia 30 de agosto, a partir das 10h30min, na Casa do SENAR.

Serão três palestras tratando das características, genética e mercado da raça Wagyu. As palestras serão ministradas pelo Médico Veterinário Prof. Dr. Ricardo Zanella, que abordará o tema Seleção Genética e Reprodução na Raça Wagyu; o Médico Veterinário Rogério Satoro Uenishi, da Associação Brasileira de Wagyu; e o Presidente da Associação Uruguaia de Criadores de Wagyu, Ignácio Devicenci, que fará um panorama da raça no Uruguai. Ao final do evento será realizada uma degustação com cortes nobre de Wagyu.

De acordo com a Associação Brasileira de Criadores de Bovinos da Raça Wagyu, existem cerca de 50 criadores no país. Mas o interesse dos pecuaristas pela raça vem crescendo. Com representantes desde 2012 na maior feira agropecuária da América Latina – Expointer – este ano, o número de animais inscritos para a feira praticamente dobrou em relação à edição anterior. Serão 33 animais na Expointer 2018, contrastando com os 15 inscritos na edição anterior.

No Brasil, segundo a Associação Brasileira dos Criadores de Bovinos da Raça Wagyu, há cerca de 37 mil animais com a genética Wagyu em todo o país – 30 mil cruzados com outras raças e aproximadamente 7 mil puros.

O desafio ainda é aumentar o número de criadores no país e estruturar os frigoríficos, como destaca o diretor de marketing da Associação Brasileira da raça, Marco Andras. “A expectativa de crescimento da raça nos próximos anos é grande. O mercado descobriu o potencial de melhoria da carne pelo simples cruzamento com Wagyu e o interesse pela genética tem aumentado muito. Várias propriedades grandes lá do Centro /Norte do país já estão começando a fazer cruzamentos industriais com a raça para melhoria de qualidade na carne”, finaliza Andras, que também é criador de Wagyu no município de Júlio de Castilhos, região central do RS.

A principal diferença do Wagyu para outras raças está no alto grau de marmorização – aquela gordura entremeada às fibras que dá sabor, suculência e maciez à carne –, além de um manejo rigoroso e muito específico dos animais.

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Texto: Emerson Alves – AgroUrbano Comunicação