E o Brasil vai ao mercado, para vender mais

Em 13 meses de governo a ministra Tereza Cristina esteve em missões por 32 países, cinco continentes e abriu mercados para o arroz, lácteos, fruticultura e agora o presidente Bolsonaro está na Índia até o dia 27 de janeiro para um projeto de etanol.

Quando entrevistamos Evandro Gussi, presidente da Unica (União da Indústria Canavieira), ele nos dizia do projeto de negociar com a Índia o uso da tecnologia brasileira para produção de etanol, na sua atividade de cana de açúcar.

A Índia, país com mais de 1 bilhão e trezentos milhões de habitantes, será a maior população do mundo em poucos anos superando a China. Tem milhares de pequenos produtores rurais produzindo açúcar subsidiados pelo governo. Com isso geram uma super produção, acima da demanda do mercado e consequentemente os preços internacionais do açúcar são afetados negativamente pela prática do subsídio indiano.

Como seus produtores dependem disso para viver, a ideia será a de transformar parte da produção da cana indiana em etanol, e até 2020 o país passar a misturar 10% de etanol na sua gasolina. Transformar o etanol em uma commodity global fará bem para o mercado do açúcar, para produtores do mundo todo, para o Brasil e para a Índia.

A Índia será o 3º maior PIB do mundo até 2050 pelas previsões de grupos de estudos econômicos, ficando atrás apenas de China e Estados Unidos. Os campos de cooperação Índia-Brasil são imensos em aspectos técnicos, científicos e de segurança alimentar.

Recebo no Brasil todos os anos estudantes indianos em uma extensão universitária, é o país que mais tem jovens estudando no mundo, e posso observar nessa juventude indiana um senso profundo de consciência ambiental e responsabilidade científica e social.

Exportamos este ano US$ 96,8 bilhões. Se elevarmos para US$ 110 bilhões nossas vendas internacionais, com certeza daremos um passo positivo na busca de um PIB que deve e pode crescer a patamares de 4% ao ano. Quem faz o comércio não faz a guerra já dizia o poeta português Camões.

Ministra Tereza Cristina e sua equipe estão de parabéns na busca global pelo comércio, e que o presidente Bolsonaro regresse da Índia bem sucedido na transformação de parte do açúcar indiano por etanol.

A Hora do Agronegócio, não adianta, o comércio está globalizado queiram alguns ou não. Teremos um Itamarati, governo e sociedade civil acessando mercados globais e sendo pelo mundo da mesma forma acessados.

Fonte: Jovem Pan Por José Luiz Tejon

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