Em Chicago, milho mantém tom positivo nesta 5ª feira diante das previsões quente e seco no Meio-Oeste

As cotações futuras do milho negociadas na Bolsa de Chicago (CBOT) mantém o tom positivo durante a sessão desta quinta-feira (14). As principais posições da commodity exibiam valorizações entre 5,00 e 7,25 pontos, por volta das 12h11 (horário de Brasília). O contrato julho/16 era cotado a US$ 3,73 por bushel, enquanto o março/17 era negociado a US$ 3,82 por bushel.

De acordo com informações das agências internacionais, o clima nos Estados Unidos continua sendo o principal fator de suporte aos preços, que tentam consolidar o terceiro dia consecutivo de valorização. Novos mapas reportados pelo NOAA – Serviço Oficial de Meteorologia do país – indicam temperaturas bem acima da média no período de 21 a 27 de julho.

Previsão de Temperaturas nos EUA de 21 a 27 de julho - Fonte: NOAA

Previsão de Temperaturas nos EUA de 21 a 27 de julho – Fonte: NOAA

No caso das chuvas, grande parte do Meio-Oeste do país deverá registrar um volume bem abaixo da média para o período, ainda segundo levantamento divulgado pelo serviço. É importante destacar que grande parte das lavouras está no período mais importante de desenvolvimento, a polinização. E até o último domingo, em torno de 76% das lavouras apresentavam boas ou excelentes condições, conforme boletim de acompanhamento de safras reportado pelo USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos).

Previsão de Chuvas nos EUA de 21 a 27 de julho - Fonte: NOAA

Previsão de Chuvas nos EUA de 21 a 27 de julho – Fonte: NOAA

“Caso o clima continue desfavorável ao desenvolvimento das lavouras, o potencial produtivo das plantações poderia ser limitado. E se não houver mudança nesse quadro, acreditamos que os preços possam chegar novamente ao nível de US$ 4,00 por bushel”, disse o consultor de mercado da Brandalizze Consulting, Vlamir Brandalizze. Para essa safra, a perspectiva é que sejam colhidas ao redor de 369 milhões de toneladas de milho.

Ainda hoje, o USDA reportou novo relatório de vendas semanais para exportação. No caso do milho, as vendas ficaram em 1.355,6 milhão de toneladas na semana encerrada no dia 7 de julho. O volume ficou acima das apostas dos participantes do mercado, de 800 mil a 1,2 milhão de toneladas.

Da temporada 2015/16 foram vendidas 667,8 mil toneladas – a maior parte para o Japão, com o acumulado na temporada 3% maior do que no ano passado – e do 2016/17, 687,8 mil, com o México como principal comprador.

BM&F Bovespa

As cotações futuras do milho negociadas na BM&F Bovespa trabalham do lado positivo tabela nesta quinta-feira (14). As principais posições do cereal registravam altas entre 0,37% e 1,90%. O vencimento julho/16 era cotado a R$ 43,05 a saca, já o setembro/16, referência para a safrinha brasileira, era negociado a R$ 45,65 a saca. Apenas o janeiro/17 recuava 1,13%, cotado a R$ 47,45 a saca.

O mercado encontra suporte nos ganhos observados no mercado internacional. Já o dólar trabalha em queda nesta quinta-feira e, por volta das 12h30 (horário de Brasília) era cotado a R$ 3,2285 na venda, com queda de 1,4%. Segundo o site G1, o movimento é decorrente da eleição do deputado Rodrigo Maia (DEM-RJ) como presidente da Câmara dos Deputados.

Por: Fernanda Custódio
Fonte: Notícias Agrícolas