Em Goiás, trechos de rodovias são fechados parcialmente

Autônomos e empresários do setor de transporte amargam o aumento no preço do diesel, anunciado no mês passado pelo governo federal. E os impactos, sentidos já nos primeiros dias, levaram à interdição de estradas por caminhoneiros, na manhã de hoje, 1º. Em Goiás, a Polícia Rodoviária Federal (PRF) informa que, até as 11 horas, dois trechos de rodovias federais que cortam o Estado estavam parcialmente interditados pelos manifestantes. Nos quilômetros iniciais da BR-452, em Rio Verde, e no 515 da BR-153, em Aparecida de Goiânia, o fluxo seguia normalmente.

Segundo o presidente do Sindicato das Empresas de Transportes de Cargas e Logística do Estado de Goiás (Setceg), Paulo Afonso Lustosa, o aumento, pode fazer com que a atividade seja inviabilizada. “Nossa visão é a mesma dos autônomos. O aumento do diesel afeta a atividade. E o governo disse, há dois anos, que a tarifa seria mantida.”

O Instituto para o Fortalecimento da Agropecuária de Goiás (Ifag Econômico) e a Federação da Agricultura e Pecuária de Goiás (Faeg) se manifestaram em nota técnica, dias antes da paralisação de hoje, mostrando os impactos da alta do diesel na produção agrícola.

O aumento na tributação tem como objetivo arrecadar R$ 10,4 bilhões e cumprir a meta fiscal de déficit primário do País. No caso do diesel, a alíquota subiu de R$ 0,2480 para R$ 0,4615, isso nas refinarias. No caso das distribuidoras, a alíquota antes zerada, passou para R$ 0,1964. Esses reajustes de alíquotas provocaram o reajuste dos preços nas bombas para o consumidor, resultando em aumento médio de R$ 0,21 por litro de diesel.

Portal Revista Safra, com informações do Ifag/Faeg, PRF e Sindicato das Empresas de Transportes de Cargas e Logística do Estado de Goiás (Setceg)
Foto: arquivo