Escolhidos os membros dos Comitês Estratégico e Executivo do PronaSolos

O Programa Nacional de Solos (PronaSolos) deu mais um passo importante em seu desenvolvimento com a designação, pela ministra  Tereza Cristina, da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), dos participantes dos seus Comitês Estratégico e Executivo. Entre os profissionais escolhidos para o Comitê Executivo estão dois representantes da Embrapa: o pesquisador da Embrapa Solos (Rio de Janeiro-RJ), José Carlos Polidoro, e seu suplente, o também pesquisador Ruy Rezende Fontes, Chefe do Gabinete da Presidência da Empresa.

“Essas nomeações evidenciam o compromisso da ministra da Agricultura com a sustentabilidade e a competitividade da agricultura brasileira. O Mapa, representado pela Secretaria de Inovação, Desenvolvimento e Irrigação, acompanhado por mais seis ministérios zela pelo recurso natural mais importante para a segurança alimentar do mundo, o solo. A Embrapa nos deu a honra de representar todos os seus centros de pesquisa no comitê executivo, e eu me sinto reconhecido por ser o primeiro Coordenador e Secretário Executivo deste Comitê”, disse um empolgado Polidoro.

A posição do cientista é reiterada por Petula Ponciano, chefe geral da Embrapa Solos: “Esse momento é mais um marco para o PronaSolos, pois representa o compromisso do Estado com uma política pública que disponibilizará informações de solos que gerarão inovação não só no âmbito da agricultura mas também dos setores de defesa, telecomunicações, energia e infraestrutura.”

Em breve, o PronaSolos será um dos maiores e mais modernos programas de conhecimento, uso e conservação da terra do mundo. “Às instituições parceiras nesse Comitê Executivo, quero dizer que todas são fundamentais para o sucesso. Nosso compromisso é que o PronaSolos seja a ligação da ciência do solo com a sociedade brasileira. Assim, mudaremos a relação do homem com a terra, para que esse recurso natural seja patrimônio de todas as próximas gerações”, enfatiza Polidoro.

Cynthia Cury, gerente de Relações Institucionais e Governamentais da Secretaria de Inteligência e Relações Estratégicas da Embrapa (GRIG/SIRE), ressalta que o PronaSolos é uma política pública que envolve atuação de diversos atores, desde o poder executivo, legislativo e também entidades e instituições governamentais e não governamentais. “É nesta articulação e mobilização que a Secretaria de Inteligência e Relações Estratégicas dará sua contribuição, identificando oportunidades de parcerias para implementação desta importante política pública. Além disto, daremos o apoio necessário para a apresentação e encaminhamento da proposta legislativa que é uma das ações previstas”, afirma.

A Companhia de Pesquisa de Recursos Minerais (CPRM), Diretoria de Serviço Geográfico do Comando do Exército, do Ministério da Defesa, IBGE, organizações estaduais de pesquisa agropecuária, Secretaria de Inovação, Desenvolvimento Rural e Irrigação do Ministério da Agricultura Pecuária e Abastecimento e a Sociedade Brasileira de Ciência do Solo também têm membros no Comitê Executivo.

O Programa

O PronaSolos vai gerar dados e informações de solos, com diferentes graus de detalhamento, para elevar o conhecimento sobre a terra do Brasil e, assim, subsidiar políticas públicas e gestão territorial, promover a agricultura de precisão e apoiar decisões de concessão de crédito agrícola. Entre outras aplicações, pode-se citar o incentivo a projetos de irrigação e à estocagem de carbono para mitigar as emissões de gases de efeito estufa – por meio da manutenção ou do sequestro desse carbono no solo – e a obtenção de informações sobre necessidade de aplicação de insumos e nutrientes para a agricultura, evitando o desperdício e a contaminação das águas.

A Plataforma do PronaSolos será um portal de integração digital de dados, informações, tecnologias e inovações. Desta forma, ela será fundamental para programas como o de Agricultura de Baixa Emissão de Carbono, o de Zoneamento de Risco Climático e o Programa Geologia Brasil. Além disso, ela terá funcionalidades para dar suporte na tomada de decisão sobre o uso sustentável desse recurso natural pelos governos, produtores rurais e sociedade. As informações disponibilizadas na Plataforma também darão suporte à tomada de decisão estratégica pelos setores de mineração, construção e manutenção de estradas.

O Programa tem como objetivo fazer o detalhamento da classificação de solos em uma escala mínima de 1:100.000. Isso significa que cada centímetro do mapa representa um quilômetro da área real. Atualmente, nem 5% do território nacional tem informações com este nível de detalhamento.

Fonte: Embrapa Solos Por Carlos Dias