Evento destaca a importância da comunicação na relação entre a soja e a sociedade

No evento de lançamento da Rede Soja Sustentável, realizado no último dia 15 de abril, especialistas e representantes do setor agro se reuniram para discutir a relação entre a soja e a sociedade, frisando a importância da comunicação eficaz e sustentável para enfrentar os desafios do setor.

Na visão do Presidente da Rede Soja Sustentável, Cesar Borges de Souza, é fundamental a continuidade de investimentos em inovação e sustentabilidade, diante do cenário de oportunidades, para promover uma soja sustentável e que contribua para o desenvolvimento do país.

“Esses últimos 50 anos foram reveladores e tivemos inúmeros ganhos”, pontuou Cesar, enfatizando a importância de não perder os progressos alcançados e de continuar aprimorando as práticas. “Vamos fazer a Casa de Soja, vamos fazer etanol de soja, vamos aprofundar o uso da economia circular, da bioeconomia”, salientou, ao falar da necessidade de agregar valor em todos os aspectos da cadeia produtiva da soja, desde os produtores até os consumidores finais.

“A soja tem espaço gigantesco e tem essa obrigação. Esse é só um pequeno passo e nós contamos com todos vocês para dar os próximos passos e consolidar, organizar e estruturar esse setor”, resumiu o presidente da Rede Soja Sustentável.

Para o ex-ministro da Agricultura, Roberto Rodrigues, o biodiesel de soja foi a “ponta do iceberg” da transformação da soja em diversos outros elementos importantes para o desenvolvimento do país, para o uso em alimentação, nas atividades agrícolas, nos combustíveis renováveis, e como economizador de carbono. “É uma coisa inovadora, com uma carência fundamental e gera um setor industrial moderno, competitivo e eficiente.”

A soja é o único vegetal que tem o nível de proteína equivalente à cadeia de proteína animal. Diante das crescentes preocupações com o consumo sustentável e a redução do impacto ambiental, ela se torna ainda mais relevante, tanto para o Brasil quanto para o mundo.

O Brasil, como um dos maiores produtores mundiais de soja, desempenha um papel fundamental na garantia da segurança alimentar global. Diante disso, é vital uma comunicação eficaz para promover o verdadeiro perfil de produção do país, destacando não apenas os aspectos econômicos, mas também os ambientais e sociais. “Estamos no limite da produção extensiva de soja e milho. O momento é de produzir para atender à demanda de sustentabilidade. Um mercado com potencial de pagar valores extras para essa produção e que nós precisamos saber comunicar para acessar essas demandas”, afirmou Fernando Nauffal, Consultor de Mercado Internacional, observando ser essa uma grande oportunidade de mudar o foco na narrativa, concentrando-se nos pontos positivos da produção brasileira e comunicando efetivamente os esforços do país em promover uma agricultura sustentável e responsável.

Diante da busca por soluções inovadoras e sustentáveis, a construção civil ganha destaque com a atuação da EDB, com a chamada “Casa de Soja”, uma iniciativa que promete revolucionar o setor ao unir o agronegócio com a construção de moradias eco-friendly. Ana Paula Preto Rodrigues, consultora da EDB, compartilhou a visão estratégica da empresa e o compromisso em potencializar o agronegócio por meio da criação de um ecossistema que transforma subprodutos da soja em materiais de construção inovadores. A empresa desenvolve tecnologias para utilizar o poliol vegetal, extraído da soja, na fabricação de materiais de construção sustentáveis, como casas de alto desempenho.

“Acreditamos que somos parte da solução para os desafios ambientais enfrentados pela construção civil”, destacou Ana Paula. Além de contribuir para a redução de resíduos e reaproveitamento destes, a empresa também trabalha para minimizar o consumo de água e combater as mudanças climáticas, oferecendo soluções que promovem o conforto térmico e reduzem o uso de energia, como placas com até 7 graus de temperatura inferior ao ambiente. Com um olhar voltado para o futuro, a empresa segue empenhada em impulsionar uma mudança positiva no setor da construção civil, rumo a um ambiente mais sustentável e inclusivo.

Presente no debate, Marcus Thiemme, diretor de relações com investidores da empresa Caramuru, acredita que a soja será cada vez mais um propulsor de inovação tanto para o agronegócio quanto para a sociedade em geral, pois desempenha um papel importante não apenas na segurança alimentar do mundo, mas também no impulsionamento da economia, sustentabilidade e inovação no Brasil.

Segundo o Diretor do Instituto Fórum do Futuro, Fernando Barros, a Soja é um ativo estratégico do país na indústria da bioeconomia. “Precisamos enxergar a soja além de sua percepção como commodity. É um verdadeiro ativo ambiental e estratégico do país”, enfatizou. Atualmente, o desafio é planejar o próximo salto, o do século XXI, explorando o potencial social, econômico e ambiental da soja, que ainda é subutilizado em termos de agregação de valor e não é plenamente compreendido pela sociedade.

Fonte: Vervi Assessoria