Exportações brasileiras deverão crescer neste ano impulsionadas pela soja

De acordo com os dados da AEB divulgados pela Agência Brasil, o impulso nas exportações virá principalmente de dois produtos: a soja e o petróleo. No caso da oleaginosa, o preço projetado no final de 2017 era US$ 370 a US$ 380 por saca de 50 quilos.

O outro item que vai impulsionar as vendas externas é o petróleo que, no final do ano passado, deveria ficar na faixa de US$ 50 a US$ 55 o barril, de acordo com as estimativas e, durante todo o primeiro semestre deste ano, ficou entre US$ 70 e US$ 78 o barril.

São os dois produtos que tiveram peso nesse aumento pequeno de 3,1%”, apontou presidente da AEB, José Augusto de Castro.

Outro dado positivo para as exportações brasileiras foi que a queda de seis milhões de toneladas na safra brasileira, projetada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), não ocorreu. “Em vez de cair seis milhões de toneladas, houve aumento de dois milhões (na safra brasileira)”, disse Castro.

O presidente da AEB lembrou ainda que a Argentina, que previa colher uma supersafra, sofreu com a seca e colheu 42 milhões de toneladas, experimentando queda de 14 milhões de toneladas em relação previsão de 56 milhões de toneladas. “Isso fez com que os preços subissem, porque a Argentina não tinha soja”. O comércio exterior vai ter um aumento de quantidade em função do crescimento da safra brasileira, o que favorece o Brasil.

Castro disse que apesar da queda de preço da soja no mercado internacional, da ordem de 20%, o Brasil não está perdendo. Está recebendo um bônus devido à demanda maior do mercado externo. Explicou que a redução do preço da soja não teve impacto para o Brasil, porque a safra já havia sido vendida antes, na época em que ficou claro que haveria uma superqueda na Argentina. “E o Brasil aproveitou o preço da Argentina”.

Fonte: Datagro

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