Fitoterapia pode ser alternativa para produtores de leite na região

Técnicas alternativas na produção rural são utilizadas por alguns produtores para diversas finalidades, caso, por exemplo, para o tratamento e prevenção de doenças. A fitoterapia para o manejo pré e o pós-dipping (antes e depois da ordenha), foi tema de um curso ministrado a pecuaristas de Vera Cruz do Oeste. Os cuidados para melhorar a produtividade e obter melhor aceitação técnica estiveram em pauta.

Conforme o agrônomo Marcos Rogério dos Santos, o trabalho foi direcionado, principalmente, àqueles produtores que entregam leite para os laticínios e buscam melhor remuneração com base na qualidade do produto. “Foram abordados temas como a higienização, procedimentos corretos e manejos após a ordenha para prevenir doenças, principalmente a mastite”, frisa.

A fitoterapia entrou em um contexto de resgate do saber popular, segundo Marcos dos Santos. Como exemplos podem ser citadas algumas plantas utilizadas na pecuária, caso do “chá de bugre”, carqueja e sementes de linhaça. A diferenciação e os cuidados necessários para evitar equívocos na identificação das espécies a serem empregadas também foi debatida. “Temos duas plantas que se chamam chá de bugre. Então é importante saber qual a planta certa para o tratamento”, ressalta.

Desenvolvido por intermédio de convênio com a Itaipu Binacional e apoio da prefeitura de Vera Cruz do Oeste, o trabalho teve boa aceitação, conforme Marcos dos Santos, que presta serviço à Cooperativa de Trabalho e Assistência Técnica do Paraná (Biolabore).

A participação dos produtores foi importante pela troca de experiências como forma de difusão e compartilhamento de conhecimentos.

Fonte:  JORNAL DO OESTE –Mauro Picini

Imagem créditos: Mauro Schafer