Infocafé – 18/09

A bolsa de N.Y finalizou a terça-feira em baixa, a posição dezembro oscilou entre a máxima de +0,90 pontos e mínima de -2,20 fechando com -1,45 pts.

O dólar comercial fechou em alta de 0,41%, cotado a R$ 4,1420. Investidores aguardam a divulgação da pesquisa eleitoral Ibope hoje à noite. Resultados de pesquisas eleitorais, notícias e boatos sobre candidatos deixam o mercado financeiro agitado, favorecendo a especulação na Bolsa de Valores e no câmbio. O mercado também foi influenciado pelo cenário externo, com a disputa comercial entre EUA e China. O governo norte-americano disse, no final da segunda-feira, que começará a cobrar em 24 de setembro novas tarifas de 10% sobre US$ 200 bilhões em produtos chineses, com as tarifas subindo para 25% até o final de 2018. Anteriormente, o presidente Donald Trump ameaçou aplicar sobre esses produtos tarifas de 25% imediatamente. Em retaliação, a China prometeu taxar US$ 60 bilhões em produtos dos EUA. As medidas, entretanto, já eram esperadas. O Banco Central ofertou e vendeu integralmente 10,9 mil swaps cambiais tradicionais, equivalentes à venda futura de dólares, rolando US$ 5,995 bilhões do total de US$ 9,801 bilhões que vencem em outubro. Se mantiver essa oferta diária e vendê-la até o final do mês, terá feito a rolagem integral.

O 3º levantamento da safra 2018 de café, divulgado pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) nesta terça-feira (18), confirma que o Brasil terá a maior produção da sua história. Ao todo, deverão ser colhidas 59,9 milhões de sacas beneficiadas de 60 quilos, o que representa um crescimento de 33,2% em relação à safra passada, que alcançou 45 milhões de sacas. Da totalidade estimada, 45,9 milhões de sacas são do café arábica que teve um aumento de 34,1%. Já o café conilon, com menor volume, deverá alcançar 14 milhões de sacas, o que representa um aumento de 30,3%. De acordo com o estudo, a bienalidade positiva e as boas condições climáticas são as principais responsáveis pelos bons resultados. Soma-se a isto, o avanço da tecnologia neste setor, sobretudo no tocante à produtividade. O período mais recente de alta bienalidade ocorreu em 2016, quando o Brasil teve uma produção de 51,4 milhões de sacas que foi considerada, até então, a maior safra do grão no país, superada agora por esse recorde deste ano. Minas Gerais continua como o maior estado produtor, com 31,9 milhões de sacas, sendo 31,6 milhões do arábica e 218,3 mil sacas do conilon. No Espírito Santo, a produção chegou a 13,5 milhões de sacas, com 8,8 milhões para conilon e 4,7 milhões para arábica. Em São Paulo, a produção é exclusivamente de café arábica e a quantidade chegou a 6,2 milhões de sacas. A Bahia teve uma produção de 2,9 milhões do conilon e 1,9 milhão do arábica. Outro estado que apresentou bons resultados foi Rondônia, com uma produção de 1,9 milhão de sacas, devido ao maior investimento na cultura, com a produtividade aumentando significativamente nos últimos 6 anos, passando de 10,8 sacas por hectare em 2012 para 30,9 sacas na safra atual. A área total engloba os cafezais em formação e em produção em todo o país e deve alcançar 2,16 milhões de hectares, sendo 294,4 mil para o café em formação e 1,86 milhão de hectares para o que está em produção. Para o estudo completo acessem https://www.conab.gov.br/info-agro/safras/cafe .

As exportações dos Cafés do Brasil atingiram um volume equivalente a 20,5 milhões de sacas de 60kg no período de janeiro a agosto de 2018, número que representa um crescimento de 4,5%, se comparado com o mesmo período da safra passada. Entretanto, a despeito desse crescimento no volume de sacas, a receita cambial obtida com essas exportações, que foi de US$ 3,1 bilhões, apresenta uma queda de 7,5%, na comparação com a anterior nos mesmos oito meses. Com base no desempenho da exportação do setor cafeeiro em 2018, vale registrar que, apenas no mês de agosto, os Cafés do Brasil embarcaram 3,4 milhões de sacas ao preço médio de US$ 138,24, com receita cambial de US$ 470,65 milhões, a qual representou um aumento de 10% em relação a agosto do ano passado. Tal volume representa a soma das exportações de café verde, solúvel e torrado & moído, além de um crescimento de 30,4% em relação a agosto de 2017, mês em que o país exportou 2,6 milhões de sacas ao preço médio de US$ 163,87 por saca. Esses dados e números da performance das exportações dos Cafés do Brasil constam do Relatório mensal agosto 2018 disponível em https://bit.ly/2xsCuSV, do Conselho dos Exportadores de Café do Brasil – Cecafé, que está disponível na íntegra no Observatório do Café do Consórcio Pesquisa Café, coordenado pela Embrapa Café.

Fonte: Mellão Martini